
DIferenciais levaram Randon a optar pelo Optimus. Foto: Divulgação.
A Randon apostou em tecnologia da startup gaúcha High Level para fazer o sequenciamento de produção (APS, na sigla em inglês) na sua unidade Randon Implementos, a maior fabricante de reboques e semirreboques da América Latina.
A empresa implementou entre agosto de 2020 e janeiro de 2021 o Optimus, um software APS criado pela High Level, com o qual faz o seu planejamento, sequenciamento e otimização de ordens de produção.
Atualmente o projeto está na segunda fase, que segue até junho, onde estão sendo realizadas as avaliações da implantação e desenvolvidas novas funcionalidades, dentro das necessidades da Randon Implementos.
Existem algumas soluções de APS no mercado, algumas delas de grandes multinacionais do setor industrial com as quais a Randon está acostumada a trabalhar.
De uns tempos para cá, no entanto, gigantes como a companhia caxiense tem se mostrado mais abertas a trabalhar com empresas menores, mas com tecnologia de ponta.
“Pesquisamos diversas soluções existentes no mercado. Como a High Level Software estava em contato com a Randon Ventures, unidade de investimentos e aceleração de startups das Empresas Randon, fizemos uma aproximação. Após uma avaliação técnica, optamos por desenvolver a solução em parceria com a startup”, resume o analista de Logística e Gestão de Projetos da Randon Implementos, Patrick Cemin.
O analista de Logística e Gestão de Projetos da Randon Implementos, Patrick Cemin, ressalta que o projeto começou a ser pensado em 2019. “Sentimos a necessidade de uma digitalização do nosso processo de P.
Um dos diferenciais apontados por Cemin é que o software da High Level é oferecido como serviço, o que já está se tornando uma regra para na área de gestão empresarial, mas não é tão comum em soluções para indústria, com um pé no chão de fábrica.
Também contou pontos a integração da tecnologia com o sistema de gestão da SAP usado na Randon. A High Level trabalha com desenvolvimento na plataforma da multinacional alemã.
“Possuímos uma volumetria de dados de informação muito grande. Muitas vezes, precisamos esperar horas em alguns processamentos de dados do nosso ERP. Com o software da High Level, esse tempo reduz para questão de minutos. Este projeto é uma inovação não só de tecnologia, mas de conceito”, destaca Cemin.
A High Level atende 10 clientes no segmento industrial, e tem bastante margem para customizar o seu produto.
“Assim como eles estão inovando, chamando uma startup para fazer uma solução complexa, também estamos propiciando que eles tenham espaço para desenvolver novas funcionalidades, deixando a solução cada vez mais aderente”, afirma o CEO da High Level, Leandro Mengue.
Fundada em 2016 por Mengue e Ricardo Hoffman, dois ex-funcionários da Sthil com 20 anos de experiência em SAP e desenvolvimento de sistemas na área industrial, a High Level desenvolveu um produto próprio, baseado nos algoritmos de machine learning.
A partir do uso de inteligência artificial, o Optimus aloca as ordens de produção para cada máquina, no seu devido tempo. Um visual possibilita que as ordens de produção sejam otimizadas, permitindo agilidade no processo.
A empresa está sediada no parque tecnológico Tecnosinos, no campus da Unisinos na região metropolitana de Porto Alegre.