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Anderson Trautman Cardoso.
A Federasul, tradicional entidade empresarial gaúcha, está apostando em tecnologia como uma pauta da sua nova gestão, encabeçada pelo advogado Anderson Trautman Cardoso.
Em nota, a Federasul aponta que estarão no foco da gestão para o biênio 2021-22 temas como startups, sustentabilidade, diversidade e transformação digital.
Os planos específicos ainda estão sendo traçados pelos diretores da entidade. Uma das ideias a por usar a base de dados da Federasul para criar “novos ecossistemas empresariais”.
“No ano ado, quando também a cadeia produtiva precisou se reinventar, ficou ainda mais latente a necessidade de uma reflexão profunda sobre o futuro dos negócios e das relações de trabalho. É vital para o fortalecimento da atividade empresarial que essa discussão seja ampliada com a contribuição de nossa entidade”, afirma Cardoso.
A Federasul tem uma divisão de tecnologia entre as suas áreas e convida com frequência nomes do mercado para palestrar na tradicional reunião-almoço Tá na Mesa, um ponto de encontro do empresariado gaúcho.
Mas a verdade é que a entidade, quase centenária, está mais ligada com a representação política do empresariado em pautas mais amplas.
A presidência da Federasul, inclusive, já serviu de trampolim para carreiras políticas, como no caso dos ex-presidentes Paulo Feijó e José Paulo Cairoli, que foram vice governadores do Rio Grande do Sul, com graus diferentes de sucesso, ou da ex-presidente Simone Leite, que concorreu ao Senado. O foco de Cardoso parece ser outro, no entanto.
“A retomada do crescimento não depende apenas dos governos. Nós, da iniciativa privada, também precisamos fazer a nossa parte. Isso significa permanecermos conectados à realidade da transformação digital, dos novos hábitos da jornada do consumidor e da grande transformação pela qual a o mundo dos negócios”, afirma o novo presidente.
Cardoso não é um novato nos temas que está propondo para a Federasul.
Ele é sócio da Souto, Correa, Cesa, Lummertz & Amaral Advogados, uma das bancas mais importantes do estado, com atuação em temas correlatos como propriedade intelectual e proteção de dados, além de uma área focada diretamente em startups.
A movimentação da Federasul também reflete a da classe empresarial gaúcha como um todo, que tem se interessado cada vez mais pelo tema startups e o ecossistema de inovação em geral.
Um símbolo dessa nova fase é o Instituto Caldeira, um centro de inovação que tem entre seus 40 fundadores a nata empresarial gaúcha, representada por nomes como Jorge Gerdau Johannpeter, famílias Renner, Ling, Goldzstein e Herrmann, além de empresas tradicionais como Renner, Sicredi, Panvel, Vulcabras Azaleia, Banrisul, RBS, Randon, e da nova economia, como Agibank, 4all, Nelogica, Banco Topázio, SafeWeb, Zenvia, Meta e StartSe.