
Por dentro do Conexo da Randon. Foto: Alex Battistel.
A Randon inaugurou nessa semana o Conexo, um hub de inovação localizado dentro do complexo do grupo industrial no bairro Interlagos em Caxias do Sul, na serra gaúcha.
O Conexo ocupa um prédio de quase 1 mil metros quadrados que era usado antes pela Randon Consórcios e será istrado em conjunto com a Nau, dona de um espaço de coworking em Porto Alegre.
De acordo com a Randon, o espaço será um local para “cocriação, interação e produção de conteúdo”, o que, traduzindo um pouco, significa um local de aproximação com startups e outras iniciativas ligadas à inovação.
É uma tendência em alta em grandes corporações, da qual talvez o maior benchmark seja o Cubo do Itaú.
Os clientes são as próprias empresas do grupo Randon. O Sicredi e a DBServer, uma empresa de desenvolvimento de software de Porto Alegre, também estão juntos na iniciativa.
A primeira iniciativa diretamente ligada ao espaço é o Conexo Challenge, com o desenvolvimento de desafios nas áreas de IoT, soluções inteligentes para logística, sustentabilidade e experience.
“A essência da Conexo é acelerar o processo de transformação cultural pelo qual as Empresas Randon estão ando. Queremos fortalecer ainda mais a colaboração entre as nossas unidades e com a comunidade, produzindo conhecimento, soluções ágeis, resolvendo problemas reais”, projeta o CTO (Chief Transformation Officer) das Empresas Randon, Daniel Ely.
Ely é um profissional de carreira da Randon, empresa na qual ou por posições na área de RH e em operações nos Estados Unidos e Argentina. Ele assumiu o posto de CTO em abril.
O Conexo não é uma iniciativa isolada e está sendo inaugurado após alguns anos de ações da Randon relativas ao tema inovação.
Desde 2019, a Randon conta com uma área de Negócios Digitais com linhas de atuação em Robotic Process Automation (RPA), Data Science e Inteligência Artificial, Blockchain e Soluções Ágeis.
A companhia também conta com a Randon Ventures, unidade lançada em fevereiro deste ano para investir, coinvestir e acelerar startups estruturada junto com ACE, Ventiur e Baita, aceleradoras de startups com atuação nacional.
O alvo são startups de segmentos complementares aos negócios do grupo como logística, serviços, seguros e mobilidade das coisas.
Até o momento, a Randon Ventures tem duas startups investidas: a TruckHelp, plataforma de soluções para caminhoneiros e transportadoras e a Reboque.me, aplicativo que, por meio de uma plataforma digital, oferece serviços de assistência 24 horas on-demand para veículos.
Muitos outros investimentos podem vir pela frente: atualmente, a companhia tem aproximadamente 50 startups conectadas a diversas áreas, desde serviços, backoffice e até projetos, produtos e serviços estratégicos.
As Empresas Randon são mantenedoras e atuaram na idealização do Instituto Hélice, criado para alavancar a inovação na Serra Gaúcha. A ideia é operada por meio de um instituto, através do qual as empresas querem se aproximar de startups com potencial para serem investidas por um fundo.
“A inovação sempre fez parte da nossa história e está materializada em nossos produtos e na postura protagonista que exercemos em nossos mercados de atuação”, lembra o CEO, Daniel Randon.
Ao que parece, a Randon decidiu aumentar ainda mais sua aposta em inovação.
Não é pouca coisa. Com um faturamento líquido de R$ 4,3 bilhões em 2018 (alta de 45%), a Randon atua nos setores de reboques e semirreboques, veículos fora-de-estrada, autopeças e serviços financeiros, com presença em 100 países.