
Pedro Waengertner, da ACE, e Daniel Ely, da Randon. Foto: Guilherme Mello.
A Randon, um dos maiores grupos industriais do Rio Grande do Sul, acaba de lançar o Randon Ventures, um fundo de investimento com um capital de R$ 3 milhões para investir em 12 startups.
O foco será em novas tecnologias para os segmentos de logística, serviços financeiros, seguros e mobilidade das coisas como forma de ampliar o portfólio da companhia.
“A partir do trabalho em rede com startups, queremos ampliar os serviços e produtos oferecidos pela companhia e adquirir aprendizado para acelerar ainda mais a inovação organizacional na Randon”, salienta o CEO das empresas Randon, Daniel Randon.
A Randon Ventures foi estruturada junto a ACE, Ventiur e Baita, aceleradoras de startups com atuação nacional.
Segundo Daniel Ely, diretor de Planejamento e RH, a Randon Ventures chega para integrar algo maior que está sendo construído nas Empresas Randon.
“Nos últimos anos, a Randon vem ando por um movimento intenso de transformação e de inovação em nossos negócios, nos nossos processos e na nossa cultura. Esta nova empresa vem para impulsionar ainda mais essas iniciativas disruptivas, necessárias para acompanhar as constantes mudanças do mundo”, completa Ely.
Ely é um profissional de carreira da Randon, empresa na qual ou por posições na área de RH e em operações nos Estados Unidos e Argentina. A partir de abril, ele assume a cadeira de CTO (Chief Transformation Officer), nova função apresentada recentemente pela companhia e que visa liderar o processo de transformação da organização.
A Randon Ventures acaba de ser lançada, mas já conta com o primeiro investimento.
Trata-se da TruckHelp, plataforma de soluções e serviços para caminhoneiros e transportadoras, que conta com ferramentas que conectam esse público com autopeças e oficinas mecânicas. A startup responsável pela solução é paranaense e está há quatro anos no mercado.
“Ficamos empolgados por encontrar uma startup tão conectada ao nosso negócio. Será uma parceria que trará benefícios exclusivos e relevantes para os caminhoneiros no Brasil”, destaca Ely.
Não é de agora que a Randon vem fazendo aproximações com o ecossistema de startups.
Em 2018, a empresa se tornou mantenedora da Associação Brasileira de Startups (Abstartups).
A empresa criou uma célula na Oca, ambiente de coworking em Caxias do Sul que reúne diversas startups e promove cursos e eventos, para atuar como responsável pelo contato com startups.
A empresa também criou uma célula na Oca, ambiente de coworking em Caxias do Sul que reúne diversas startups e promove cursos e eventos, para atuar como responsável pelo contato com startups.
No ano ado, a Randon deu um o adiante, formando com outras grandes empresas da Serra Gaúcha o Hélice, um movimento pelo qual querem injetar mais inovação na economia da região.
A ideia é operada por meio de um instituto, através do qual as empresas querem se aproximar de startups com potencial para serem investidas por um fundo.
As selecionadas no programa de aceleração receberão investimento inicial de até R$ 200 mil, com possibilidade de coinvestimento adicional de até R$ 300 mil e mais o o a benefícios da rede de parceiros.
Ao que parece, a Randon decidiu aumentar ainda mais sua aposta em inovação.
Não é pouca coisa. Com um faturamento líquido de R$ 4,3 bilhões em 2018 (alta de 45%), a Randon atua nos setores de reboques e semirreboques, veículos fora-de-estrada, autopeças e serviços financeiros, com presença em 100 países.