BRASÍLIA

PwC apanha no Senado 5k3l38

Gigante de consultoria preferiu não ir em audiência sobre a Americanas. 1d663y

29 de março de 2023 - 08:38
Leonardo Coelho Pereira, durante audiência no Senado. Foto: Agência Brasil.

Leonardo Coelho Pereira, durante audiência no Senado. Foto: Agência Brasil.

A PWC, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria empresarial do mundo, apanhou no Senado durante uma audiência pública sobre a Americanas nesta terça-feira, 28. 

Como se sabe, a PWC fazia a auditoria dos balanços da varejista, que surpreendeu  o mercado no começo do ano ao revelar “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões, entrando em recuperação judicial logo depois.

A audiência foi promovida pela Comissão de Assunto Econômicos (CAE) do Senado. Ao contrário de uma I, o comparecimento não é obrigatório.

A PWC optou por não ir, assim como o ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, e ex-diretores afastados recentemente da empresa (em suma, todo mundo que tem mais a perder do que a ganhar comparecendo). 

Como acontece em outras ocasiões, quem não vai na festinha acaba virando assunto, geralmente de quem quer falar mal.

Segundo relata o Neofeed, a PWC sofreu duras críticas. O senador Otto Alencar (PSD-BA), autor do requerimento para tratar do assunto e quem presidiu a audiência, disse que a empresa foi conivente, senão envolvida, com uma possível fraude que poderia ter ocorrido na Americanas.

“A falta da PwC é um atestado de que ela errou com uma empresa tão importante, tendo responsabilidade pela crise de tantos acionistas”, disse. “Essa empresa não merece confiança de quem quer uma auditoria correta em suas empresas”, fulminou Alencar.

Já o senador Omaz Aziz (PSD-AM) acredita que há sinais de que houve fraudes na Americanas e o caso aponta que a PwC tenha sido conivente com uma maquiagem das contas da empresa.

“Se maquiou as contas da Americanas e de outras empresas, a CVM tem que tomar providências. A PwC trabalha para governos de estado e não tenho provas sobre maquiagem, mas, na Americanas, temos indícios”, afirmou Aziz.

O atual diretor-presidente da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, e o ex-CEO Sergio Rial, responsável pela revelação das “inconsistências contábeis”, nove dias depois assumir o cargo, fizeram comentários diferentes sobre a PWC.

Pereira foi cauteloso e disse que é preciso aguardar os resultados das  investigações conduzidas pelo comitê independente da Americanas para falar sobre fraude. 

Rial, por sua vez, disse que a PwC ficou “surpresa, para não dizer chocada” com a “inconsistência contábil”, tendo sido informada da descoberta do caso no dia 9 de janeiro (seria o caso da auditora marido, que é a última em saber?).

Procurada pelo NeoFeed, a PwC informou, em nota, que por questões de confidencialidade e regras de sigilo profissional, não comentaria temas de clientes.

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