INVESTIGAÇÃO

Americanas quer assegurar dados 2j5s3g

Varejista contratou especialistas em informática forense para salvar e-mails. 3e5q

28 de fevereiro de 2023 - 06:53
Investigações seguem na Americanas. Foto: Depositphotos.

Investigações seguem na Americanas. Foto: Depositphotos.

A Lojas Americanas fechou um contrato com a Ibptech, uma empresa paulista especializada em informática forense, para coletar e conservar informações de 10 computadores, 10 aparelhos celulares e 10 caixas de emails, além de cinco servidores que totalizam no máximo 10 TB de dados e dois repositórios em nuvem que totalizam no máximo 2 TB de dados.

As informações são do jornal O Globo, que revelou que o contrato é de R$ 193 mil e envolve duas semanas de trabalho.

O contrato entre Ibptech e Americanas prevê duas semanas para a realização das atividades de coleta e preservação, com a presença de até três profissionais, sendo a primeira semana em São Paulo e a segunda no Rio de Janeiro.

Em nota enviada ao Globo, a Americanas informa que a contratação do Ibptech tem o objetivo de preservação de dados, mediante cópia forense, trabalho em que a gigante de consultoria empresarial FTI Consulting também atuará.

A empresa disse ainda que o contrato em questão é pautado em cláusulas comuns a serviços de coleta de informações ou dados, com custo final a ser calculado com base em horas de serviços prestados, a partir de uma estimativa inicial de horas de trabalho.

A Americanas afirma que o contrato prevê que, somente nas hipóteses de término ou rescisão contratual, a companhia poderá solicitar a exclusão pelo Ibptech ou a devolução das informações confidenciais que a consultoria vier a ter o, o que é comum em qualquer contrato de confidencialidade.

Assegurar o conteúdo das comunicações de executivos dentro da Americanas é parte chave na investigação para determinar as responsabilidades pelas "inconsistências contábeis” na casa dos R$ 20 bilhões, que resultaram numa dívida de R$ 43 bilhões e num pedido de recuperação judicial.

Nas últimas semanas, a Americanas disse à Justiça que os membros do conselho de istração da companhia não contam com emails institucionais. 

Isso levou o Santander a obter na Justiça de São Paulo uma decisão que prevê o o a emails externos trocados entre diretores e membros dos conselhos da companhia. O Bradesco também levou a busca e apreensão ao Superior Tribunal Federal (STF).

Como o nome dá a entender, a informática forense é um cruzamento entre o mundo normal da tecnologia e o da investigação criminal. 

O objetivo de uma consultoria do tipo é identificar, coletar e analisar informações relevantes para a investigação, incluindo arquivos, registros de atividades, comunicações e outros dados.

No mercado desde 2001, a IBPTech, por exemplo, trabalha também com identificação de s falsificadas e documentos alterados, além de atividades mais diretamente ligadas com tecnologia.

Uma das consequências da grande atenção pública em torno do caso da Americanas é mostrar um pouco mais o funcionamento do mercado de segurança digital e serviços forenses de TI, um nicho no qual os participantes são sempre para lá de discretos.

(O que é compreensível, visto que dificilmente um cliente desse tipo de serviços sai divulgando a sua contratação, algo que no caso da Americanas acontece porque a imprensa está em cima, ou porque a empresa precisa dar satisfações públicas).

Além da IBPTech e da FTI, também está atuando dentro da Americanas a ICTS Security, uma empresa brasileira de segurança da informação.

Em nota divulgada no começo do mês, a Americanas disse que a ICTS Security será responsável pela “implementação de medidas internas adicionais para proteção de dados e informações”.

O texto não chega a dar mais detalhes do que a ICTS Security vai fazer na prática, mas o escopo de atividades da empresa dá uma ideia das possibilidades.

Em seu site, a ICTS divulga desde auditorias até investigação e apuração de delitos, ando por varredura eletrônica de ambientes e projetos integrados de segurança.

A ICTS Security é uma das três que compõem a operação da ICTS, uma empresa oriunda de uma multinacional israelense de segurança com o mesmo nome, cuja operação brasileira foi comprada pelos executivos no país em 2005.

Ao todo, o grupo tem  500 profissionais e serve a mais de 1 mil clientes a partir de seus escritórios localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Barueri.

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