
Companhia fundada em Porto Alegre pode ser avaliada em R$ 60 bilhões. Foto: Pexels.
A XP Investimento está dando os primeiros os para uma abertura de capital fora do país entre dezembro e janeiro do ano que vem, através da qual deve se tornar uma companhia com um tamanho de R$ 60 bilhões.
A informação é do site especializado Brazil Journal, que averiguou que a XP já contratou os bancos que farão a operação. Para o site, é a “transação mais esperada do ano envolvendo uma companhia brasileira”
De acordo com as fontes do Brazil Journal, a XP quer se comparar com empresas com modelos de negócio disruptivos, mas que gerem resultado líquido e cresçam na faixa de 30%, como Square, Shopify e MercadoLivre.
Bancos que tiveram o aos números disseram ao Brazil Journal que a XP deve ter um lucro líquido de R$ 1 bilhão este ano (mais que o dobro do ano anterior) e que seus ativos sob custódia já ultraam R$ 300 bilhões. A companhia tem uma meta de R$ 1 trilhão de ativos sob custódia até o final de 2020.
Em 2017, quando comprou 49% da XP, o Itaú avaliou a companhia em R$ 12,6 bilhões. Agora, um múltiplo de 30 vezes sobre um lucro de R$ 2 bi para 2020 poderia avaliar a companhia em R$ 60 bilhões.
Para efeito de comparação, os quatro maiores bancos brasileiros listados em bolsa têm um valor de mercado combinado de cerca de R$ 850 bilhões.
Fundada em 2001 em Porto Alegre, a corretora XP ganhou mercado nos últimos anos como shopping de investimentos alternativo aos grandes bancos, sendo, de certa forma, uma fintech antes do termo existir.
A ideia, revolucionária na época, era oferecer uma uma plataforma online para compra e venda de títulos. Hoje a empresa tem 500 mil clientes ativos.