
Adam Smith: "E isso é o que eu chamo nos meus livros de mão invisível do mercado pessoal".
O Itaú lançou um serviço de transferência internacional de dinheiro, com transações concluídas em poucos minutos por meio do aplicativo.
Em nota, o banco explica que o serviço valerá para “envio de dinheiro para conta própria fora do país” ou “auxílio financeiro a estudantes e familiares no exterior”.
“Observamos que cerca de 80% das nossas transações internacionais de pessoas físicas são para familiares e estudantes ou para contas próprias de outras instituições. Para isso, estamos simplificando e automatizando a operação de forma que a transferência internacional seja tão simples quanto uma transferência realizada dentro do Brasil”, diz André Daré, diretor do Itaú Unibanco.
Certamente o banco também observou a concorrência crescente de fintechs de transferência internacional de dinheiro.
Segundo dados divulgados pela Exame em 2016, no Banco do Brasil, por exemplo, a transação custava entre R$ 100 e R$ 450, conforme o valor enviado.
Na Caixa, custava entre US$ 30 e US$ 100. No Santander, o valor mínimo era de R$ 90, mas depende do relacionamento do cliente com o banco.
As altas margens de lucro dos bancos atraíram para esse mercado uma série de fintechs, com modelos de negócios diferentes para transferir dinheiro - e taxas bem menores.
Uma das maiores entre elas é a Transferwise.
Criada em 2011 no Reino Unido por Taavet Hinrikus, o primeiro funcionário do Skype, a empresa iniciou no mercado com um sistema que casa a necessidade de dólares de um brasileiro com a de reais de um inglês, por exemplo.
Já foi apelidada como o “Uber cambial”, por conectar pessoas e suas necessidades. Depois foram agregadas funções de transferências internacionais diretas, sempre focando em custos baixos.
O problema é que embora a Transferwise tenha taxas competitivas, a transferência envolve a geração e pagamento de um boleto, ou uma transferência a uma conta de banco intermediária, uma operação que pode demorar alguns dias para concluir e deixa um usuário de primeira viagem inseguro.
O Itaú e outros bancos sabem disso e decidiram contra-atacar com transferências mais rápidas e taxas mais palatáveis frente às praticadas antes.
O Bradesco fechou um acordo com o banco japonês MUFG (ex-Bank of Tokyo Mitsubishi) para permitir transferências internacionais de dinheiro usando a tecnologia de blockchain da Ripple.
O Santander também lançou um serviço que permite efetuar transferências internacionais de forma mais rápida.