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Laboratório vai simular condições reais. Foto: flickr.com/photos/suzypictures.
A Whirlpool Latin America, detentora das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, acaba de lançar o primeiro laboratório de serviços da companhia.
Localizado em Rio Claro, interior de São Paulo, onde a empresa mantém uma fábrica de lavadoras e fogões, além de um centro global de desenvolvimento de tecnologia e inovações em lavanderia, o laboratório visa melhorar a qualidade da assistência técnica da empresa.
No espaço, é possível fazer simulações e aprovações dos procedimentos de reparos realizados na casa do consumidor.
“Aumentaremos o rigor técnico e a capacidade de análise em serviceability, que é a possibilidade do reparo ser realizado de forma efetiva, robusta e simples no campo”, conta Fabio Armaganijan, diretor de Serviços, Qualidade e Peças da Whirlpool Latin America.
A ideia é desenvolver técnicas, por exemplo, para reduzir a quantidade de peças a serem desmontadas durante um reparo, facilitando o trabalho do técnico, inclusive em aspectos de ergonomia e de segurança.
O espaço conta com 116m², sete postos para lavadoras de roupas e mais cinco para cocção, e trabalhará com os produtos existentes e também os lançamentos.
No laboratório, há cozinha e área de serviço que simulam as diversas condições encontradas na casa do consumidor, como piso desnivelado, variação de tensão elétrica e de pressão de gás, entre outros.
A empresa deve ainda construir em um prazo não revelado laboratórios de serviços nas manufaturas de ville (voltado para refrigeração) e de Manaus, com foco em condicionadores de ar, micro-ondas e lava-louças.
PLM NO FOCO NO BRASIL
Melhorar a gestão do ciclo de vida do produto (PLM, na sigla em inglês) desde a fase de projeto até os serviços de assistência, é um dos destaques da estratégia da Whirlpool no Brasil.
A multinacional decidiu começar pelo Brasil a fase final do Constellation, projeto de implantação de tecnologia de PLM da PTC que mobiliza a companhia desde 2006.
A operação latino-americana será a primeira a dispor de uma mesma estrutura de produtos (bill of materials, em inglês, ou BOM no chavão da indústria) para a área de engenharia, manufatura e serviços.
Depois da experiência no Brasil, a novidade será estendida às demais 170 operações mantidas em todo o mundo pela multinacional, que faturou US$ 19 bilhões em 2011.
“Escolhemos começar pelo Brasil pela flexibilidade e a facilidade com a qual os brasileiros adotam novas tecnologias e maneiras diferentes de fazer as coisas”, explicou à reportagem do Baguete o CIO da Whirlpool, durante o Planet PTC, em Orlando.
Para a companhia, o Brasil possui um ambiente interessante para o projeto: são três fábricas – uma em ville, Santa Catarina –, contra 40 dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, o país leva investimentos fortes da empresa em pesquisa e desenvolvimento - são 700 colaboradores envolvidos nesta área -, o que é um aspecto primordial dentro da proposta do PLM.
De acordo com o INPI, a Whirlpool é a quarta colocada no registro de patentes no Brasil, além de ser a companhia brasileira com maior volume de patentes concedidas nos Estados Unidos.