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Helio Samora.
O software de gestão de ciclo de vida do produto (PLM, na sigla em inglês) Windchill deve ser o motor do crescimento da PTC no Brasil nos próximos três anos, durante os quais a multinacional pretende duplicar seus negócios no país.
Hoje, as vendas no brasileiras se dividem entre 70% dos softwares de CAD e 30% de PLM. A expectativa é chegar a uma divisão próxima a meio a meio, como se observa na corporação como um todo, por volta de 2015.
“O mercado de PLM tem um enorme potencial para nós no país”, explica Helio Samora, diretor geral para a América Latina da multinacional.
Segundo Samora, hoje a empresa tem no país uma base de 17 mil assentos de CAD, contra 16 mil de PLM. Tendo em conta que para cada licença de CAD as empresas normalmente possuem entre 10 e 20 de PLM, é fácil ver o potencial de vendas.
[Como a maioria das multinacionais, a PTC não abre números por país. O faturamento no último ano fiscal foi de US$ 1,17 bilhão, alta de 20%. Geralmente em empresas de software o Brasil tem entre 1% e 5% do bolo total, o que renderia um faturamento no país entre US$ 117 milhões e US$ 575 milhões].
“Nosso desafio é provar para os clientes que o aglomerado de sistemas que eles usam para fazer a gestão do ciclo de vidas do produto pode melhorar muito”, indica o executivo.
O cumprimento do objetivo a por incrementar o canal no país, hoje composto por 14 parceiros, dois quais dois se dedicam exclusivamente ao software de apoio a cálculos de engenharia MathCAD.
Recentemente, a empresa anunciou a Mult-e, de São José dos Campos, como nova parceira focada exclusivamente no segmento de PLM. Outras quatro devem ser anunciadas até o final do ano, incluindo o Rio Grande do Sul, com foco tanto em CAD como em PLM.
Samora desconversa sobre a origem dos futuros parceiros e se a empresa tem intenção de “converter” canais da concorrência. “Sempre existe esse jogo de gato e rato no mercado, com cada lado de olho nas revendas do outro”, aponta o diretor geral para a América Latina.
Conversões acontecem. Em 2006, a gaúcha SKA mexeu com o mercado de software para metal mecânica ao anunciar que estava deixando a Autodesk para trabalhar com a SolidWorks, levando uma boa parte dos clientes com ela.
Falando em conversões, Samora destaca o agnosticismo da software de PLM WindChill, capaz de trabalhar com dados de todas as ferramentas de CAD no mercado. É o que acontece nas gaúchas Taurus e Tecnomageira, que já usam a ferramenta.
* Maurício Renner cobre o Planet PTC em Orlando à convite da PTC.