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Lenovo ficou em primeiro lugar na América Latina (Foto: Divulgação)
A demanda por computadores no Brasil diminuiu cerca de 26% no segundo trimestre de 2022 em comparação ao mesmo período do ano ado, de acordo com uma pesquisa da Canalys, empresa global de análise de mercado de tecnologia.
A baixa seria por conta da inflação no país, que registrou, em abril deste ano, a taxa mensal mais alta em 26 anos, chegando a 1,06%.
No acumulado em 12 meses, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 12,13%.
A situação não é diferente na América Latina. Na região, a demanda por PCs teve um declínio anual de 30% nos pedidos.
“A demanda por PCs e tablets na América Latina foi prejudicada pelas crescentes preocupações com a inflação. Os principais mercados, como Brasil, Chile e México, tiveram picos acentuados nos preços e, na Argentina, a inflação ou de 80%”, explicou Brian Lynch, analista de pesquisa da Canalys, ao portal Convergência Digital.
Decorrente da necessidade de inovação tecnológica causada pela pandemia da Covid-19, a demanda voltada ao segmento de educação segue forte no Brasil, com o aumento do financiamento dos governos no setor.
Segundo Lynch, o mercado educacional brasileiro ultraou 200 mil remessas no segundo trimestre deste ano, registrando um aumento de 76% em relação ao segundo trimestre de 2021.
Os Chromebooks, notebooks que rodam o Chrome OS, sistema operacional do Google para computadores, cresceram mais de 1.300% no segundo trimestre, com os fornecedores Multilaser, Positivo e Samsung ficando no pódio das remessas.
Em relação ao mercado de desktops e notebooks na América Latina, a Lenovo ficou em primeiro lugar, mas registrou um declínio de 12% nas vendas.
A HP, em segundo lugar, decaiu para 1 milhão de unidades embarcadas e a Dell, em terceiro lugar, foi o único fornecedor a registrar crescimento, com alta de 7%.
Já no mercado de tablets, a Lenovo continuou com o primeiro lugar, registrando um crescimento de 2%, com 438 mil unidades vendidas. Ela foi seguida pela Samsung e pela Apple, que tiveram quedas de 2% e 1%, respectivamente.