
O disquete ainda não morreu. Foto: Pexels.
Qual foi a última vez que você usou um disquete? Provavelmente, muito tempo.
Um item onipresente no cotidiano dos usuários de computador no anos 90, os disquetes foram saindo de cena já nos anos 2000, com a entrada dos gravadores de CD, outro tipo de armazenamento em extinção hoje.
Os primeiros disquetes foram comercializados em 1971, no modelo de 8 polegadas, com armazenamento de 80 KB. Em 1993, na sua última versão, eles já possuíam capacidade de 5.76 MB e eram comercializados no formato de 3,5 polegadas.
A última fabricante de disquetes foi a Sony, que produziu a última unidade há mais de 10 anos.
Mas isso não quer dizer que o formato esteja totalmente morto. De fato, ainda é possível comprar disquetes virgens em sites como o americano Floppydisk.com.
Segundo revela o site The , a empresa investiu “alguns milhões" em comprar estoques de disquetes, tendo hoje cerca de meio milhão de discos em estoque, incluindo formatos como 3,5 polegadas, 5,25 polegadas e 8 polegadas.
A empresa segue comprando disquetes, quando eventualmente alguma limpa de inventário em algum lugar ainda descobre caixas da mídia.
Entre os produtos disponíveis, estão packs de dez unidades de disquetes Verbatim de 3,5 polegadas e 1.44 MB por US$ 14,95 (cerca de R$ 78,36) e disquetes Maxell de 1.44 MB por US$ 19,95 (aproximadamente R$ 104,57).
Mas afinal, quem compra um disquete hoje em dia? A resposta é: empresas presas em todo tipo de tecnologia legada.
Segundo o dono do Floppydisk.com, Tom Persky, o setor aéreo é um grande cliente.
"Provavelmente metade da frota aérea no mundo hoje tem mais de 20 anos e ainda usa disquetes em alguns dos aviônicos", revela o fundador.
Outros setores, como da saúde, também utiliza os dispositivos em equipamentos médicos para transferir dados de entrada e saída.
O maior cliente é o negócio de bordados, com um alto número de máquinas de bordar em uso que foram construídas para carregar desenhos de disquetes.
Persky acredita que o Floppydisk.com ainda deve ter mercado por mais quatro anos, antes do bom e velho disquete morrer de vez.