
Trocar de emprego em TI não é difícil, segundo pesquisa. Foto: divulgação.
Os profissionais de TI são os que mais trocam seus empregos no Brasil, principalmente nos cargos de chefia, conforme dados de um estudo realizado pela Hays Executive, consultoria de RH para profissionais do alto escalão.
O levantamento da Hays foi elaborado com base nas contratações realizadas pela consultoria no mercado brasileiro, segundo destaca a Computerworld.
Segundo a empresa, o mercado apresenta uma grande demanda por especialistas em TI, mas sofre com a pouca oferta de talentos qualificados.
Por conta disso, o setor de TI apresentou uma grande rotatividade em cargos executivos como CIOS, CTOs e outras posições de chefia em tecnologia. Segundo o estudo, estes profissionais costumam mudar seus empregos a cada 2,6 anos, em média.
Em comparação com profissionais com executivos de empresas de bens de consumo, por exemplo, a média é de 3,8 anos.
Uma das explicações para esta ciranda é o fato de que o mercado de TI atual está mais dinâmico, com profissionais se dedicando a projetos de curto prazo, segundo destaca Paulo Moraes, associado de Hays Executive.
“Cada vez mais empresas estão migrando para plataformas de TI e essa é a missão destes profissionais. Quando o processo se conclui, chega a hora de buscar novos desafios”, afirma.
Para o analista, o mercado apresenta uma abundância de vagas, mas encontrar talentos de acordo com as necessidades das empresas é um desafio árduo. A mão de obra existe, mas a qualificação, nem tanto.
De acordo com Moraes, as companhias buscam profissionais acima da média, dotados com um vasto conhecimento técnico e também de gerência e estratégia de negócios, além de requisitos como inglês fluente e outras certificações.
Esta busca pelo "profissional perfeito" acaba criando uma espécie de leilão, rendendo aos profissionais ofertas de salários mais atraentes.
Segundo a pesquisa da Hays, o setor de TI recebe uma média de salário bruto mensal 16,54% maior, sem contar bônus, benefícios e outras premiações.
“A área de tecnologia paga acima da média em relação a muitos outros setores. Mesmo assim, notamos que a gestão e o direcionamento da empresa importam mais que os salários na hora de mudar de emprego”, diz Paulo.
Para Moraes, algumas empresas já estão notando que só um bom salário não é o suficiente para preservar seus talentos dentro das empresas.
Os talentos estão buscando mais que remuneração, como locais que ofereçam qualidade de vida e flexibilidade de horário, com opção de home office, destaca o analista.