Terminal é um dos mais eficientes do mundo. Foto: Divulgação.
O terminal de contêineres do Porto de Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul, acaba de fazer um upgrade no seu sistema operacional, abrindo possibilidade de uso dispositivos móveis dentro da operação portuária.
A Wilson Sons, que opera o terminal desde o final dos anos 90, adotou a versão 3.8 do software de gestão de terminais portuários Navi. O último upgrade havia sido feito em 2017.
Um dos principais impactos da atualização é que os colaboradores que realizam o planejamento dos navios e pátio de containers agora podem usar dispositivos móveis em tempo real. Antes, o sistema só estava disponível em desktops.
A nova plataforma permite adicionar módulos novos como se fossem aplicativos, além de ter melhorias na transferência eletrônica de documentos (EDI, na sigla em inglês) com os armadores que trazem os containers até o terminal.
O projeto todo saiu por R$ 250 mil, o que de acordo com o Tecon é metade do que uma implementação dessas normalmente custaria.
“A expertise do time multidisciplinar do nosso terminal foi possível desenvolver boa parte desta demanda internamente. Este investimento coloca o Tecon Rio Grande entre os terminais que possuem sistema de última geração, mantendo o nosso compromisso com a modernidade operacional e automação dos nossos processos”, enfatiza o diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti.
A Navis é uma empresa americana líder nesse nicho, com 340 clientes em 80 países, mais implementações que qualquer um dos seus concorrentes. Rio Grande foi o primeiro terminal no Brasil a adotar o produto, ainda em 1999, dois anos depois da privatização.
Localizado em Rio Grande, a 320 km de Porto Alegre, o Tecon Rio Grande teve a capacidade triplicada desde que a Wilson Sons assumiu a operação, para quase 900 metros de área de atracação e 735 mil metros quadrados de área total.
O Tecon Rio Grande é o porto brasileiro mais bem avaliado no ranking nacional, sendo considerado o mais eficiente do Brasil, na abordagem istrativa do Índice Global de Desempenho Portuário de Contêineres do Banco Mundial (PI) e IHS Markit.
O terminal também é o único representante brasileiro a figurar entre os 50 melhores portos do mundo, de acordo com a mesma abordagem. O índice analisou mais de 300 instalações em todos os continentes e utilizou dados dos maiores armadores do mundo, responsáveis por 76% da movimentação global de contêineres.
Maurício Renner 1r206e
Editor at Baguete Diário