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Quem deve assumir a SCIT? 2i545y

Newton Braga Rosa, ex-diretor da InovaPoa, e Júlio César Ferst, atualmente à frente do Tecnopuc em Viamão, são os nomes preferidos. 15im

24 de novembro de 2014 - 16:36
Centro istrativo do Estado é a sede da SCTI. Foto: divulgação/Seplag.

Centro istrativo do Estado é a sede da SCTI. Foto: divulgação/Seplag.

Newton Braga Rosa, ex-diretor da InovaPoa, e Júlio César Ferst, atualmente à frente do Tecnopuc em Viamão, são os nomes preferidos do setor de TI para o cargo de secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Sul.

Pelo menos é o que indica uma pesquisa do Baguete com cerca de 30 empresários, ex-dirigentes de entidades e pessoas relevantes do mercado de TI gaúcho. A reportagem pediu que cada um dos participantes indicasse anonimamente três nomes que gostaria de ver na SCIT.

Rosa e Ferst lideraram, com 11 votos cada. Os pesquisados citaram a vasta rede de contatos dos dois no meio acadêmico e empresarial, entre os quais o secretário de Ciência e Tecnologia precisa circular, além da experiência prévia dos dois na área pública.

Jorge Luis Audy, pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUC-RS, aparece próximo aos líderes, com sete votos (Audy é um nome recorrente nesse tipo de pesquisa, mas parece não ter interesse em assumir o cargo, tendo declinado convites antes). 

Susana Kakuta, diretora executiva do Tecnosinos, foi mencionada quatro vezes, e Ricardo Felizzola, CEO da HT Micron e vice-presidente da Fiergs, três. Susana foi presidente do Badesul no governo Yeda e é respeitada no meio empresarial, assim como Felizzola.

O que chama a atenção, no entanto, é a grande quantidade de nomes citados. Foram nomeadas mais de 20 pessoas, o que indica que não existe um consenso dentro da área de tecnologia sobre quem deva ser o novo secretário, uma possível consequência de uma ausência de discussão sobre o tema.

Quem acompanha o cenário político de tecnologia no Rio Grande do Sul sabe que a falta de discussão tem a ver com o fato de que, sendo francos, o setor de tecnologia não costuma ser ouvido pelos governantes na hora de decidir quem assume a secretaria de Ciência e Tecnologia.

O processo de transição da istração Tarso Genro (PT) para de Ivo Sartori (PMDB) está nos primeiros os e ainda não surgiram especulações de nomes para o secretariado do próximo governador.

Tanto Rosa como Ferst são nomes politicamente viáveis e com experiência de governo. Vereador pelo PP de Porto Alegre, Rosa liderou a criação da Inovapoa, da qual saiu em 2012. 

Ferst foi diretor técnico da SCIT durante boa parte do governo Yeda Crusius (PSDB) chegando a liderar a secretaria em meio a um período de grande troca-troca de políticos na pasta na pasta.

O PP será o segundo maior partido da base de Satori na Assembleia Legislativa, com sete deputados. O PSDB tem uma presença menor, com três deputados. 

O problema é que a base aliada de Sartori é formada por muitos partidos. Além do PP e PSDB, que entraram no time do ex-prefeito de Caxias depois de apoiar Ana Amélia Lemos, compunham a coligação desde o começo o PMDB, PSD, PPS, PSB, PHS, PT do B, PSL e PSDC.

É mais do que provável que esses partidos exijam ser recompensados com posições em secretarias, estatais e outros órgãos ligados. Com tanta gente procurando lugar, até uma secretaria com pequeno orçamento como a de Ciência e Tecnologia pode virar motivo de disputa.

A nomeação de políticos para comandar a entidade sempre foi a regra, quebrada no último governo pela indicação do ex-pró-reitor de Inovação da Feevale, Cleber Prodanov. 

Prodanov tornou-se o recordista de permanecimento no cargo (todos os 48 meses do governo Tarso) superando em 10 meses o recordista anterior, Kalil Sehbe, nomeado pelo então governador Rigotto (PMDB).

Mais chamativo é o fato que Prodanov ficou no cargo três vezes e meia mais do que a média de permanência desde a criação da secretaria, que é de apenas 14 meses.

Em abril desse ano, a reportagem do Baguete averiguou que o valor total disponibilizado por meio da SCIT e da Fapergs no Rio Grande do Sul chegava a R$ 436 milhões, dos quais já haviam R$ 203 milhões já foram transferidos para empresas, universidades e centro de pesquisa (a expectativa era chegar até o final do ano com R$ 240 milhões).

Talvez os bons resultados obtidos por Prodanov a frente da secretaria fortaleçam a ideia de que é melhor para uma secretaria sem grande orçamento próprio ter à frente alguém com contatos no meio e uma ideia do que é preciso fazer do que mais um político caído de paraquedas. 

O vice de Sartori é José Paulo Cairoli (PSD), ex-presidente da Federasul, o que poderia ser um canal de contato para as entidades de TI fazerem a defesa de um nome para a secretaria.

Mas, para isso acontecer, é preciso que, além de alguém disposto a ouvir exista também uma mensagem clara a ser comunicada. Aparamente, isso ainda é uma realidade distante para o setor de TI gaúcho. 

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