P&D

SCIT quer aproximar academia e mercado 2p41x

O Seminário Les Doctoriales será realizado de 2 a 7 de novembro, em Bento Gonçalves. 20x3m

24 de junho de 2014 - 17:48
Secretária adjunta Ghíssia Ha coordena o programa. Foto: Raphael Seabra/Palácio Piratini.

Secretária adjunta Ghíssia Ha coordena o programa. Foto: Raphael Seabra/Palácio Piratini.

A Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT) quer aproximar o mundo acadêmico gaúcho de possíveis empregadores na iniciativa privada e, para isso, está organizando um encontro de 100 mestrandos com 10 empresas do estado.

É o Seminário Les Doctoriales, um evento de imersão com duração de cinco dias a ser realizado de 2 a 7 de novembro, em Bento Gonçalves. As inscrições para o programa estarão abertas entre 30 de junho e 31 de julho e deverão ser feitas pelo site da iniciativa.

A programação começa com o Desafio 24 horas Innov, desenvolvido em 10 grupos transdisciplinares para elaboração de projetos inovadores.

Depois, os doutorandos participam do Desafio Pôsteres Gigantes, que devem demonstrar a tese de cada um e sua importância para a sociedade, seguindo a ideia da popularização da ciência.

Os participantes também farão visitas técnicas a empresas, entrevistas com doutores já inseridos no mercado profissional e apresentações em forma segundo o formato TED da sua tese, em linguagem ível e em 180 segundos.

No caso das apresentações de pôsteres e teses, haverá premiação para os melhores, e o júri será composto por empresas. Estão envolvidas no programa 16 universidades do estado.

O Les Doctoriales foi criado pelo governo francês há mais de 20 anos e é pioneiro no Brasil.

A iniciativa tem como base a parceria da SCIT com a Universidade de Nantes, Angers e Le Mans (UNAM) da região sa Pays de la Loire, que organiza este seminário a cada dois anos.

A edição gaúcha é o resultado das negociações feitas, desde 2012, pela secretária adjunta da SCIT, Ghíssia Ha, que coordena o projeto no estado.

“Acompanhei a edição do seminário na França, em março deste ano, e pela experiência de lá, sabemos que a procura pelo programa é maior entre doutorandos das áreas de ciências duras e empreendorismo, mas queremos formar equipes multidisciplinares”, explica Ghíssia.

Também pela experiência vista na França, a secretária acredita que todos os doutorandos saem do seminário visualizando mais possibilidades para o futuro, que vão além de um seguimento tradicional na academia.

Ela também relatou que as empresas que tem contato com o programa se surpreendem com a flexibilidade dos doutorandos e as ideias que eles podem criar.

Para o secretário da SCIT, Cleber Prodanov, essa é uma forma ampliar a cultura de inovação nas empresas, que ainda não existe com força no Brasil.

“O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento é muito pequeno por parte das empresas, se comparado com o que o governo aplica nessa área e, principalmente, comparando com os gastos de outros países em P&D, como Estados Unidos e Coreia”, comenta Prodanov.

Outro exemplo dado por Prodanov para falar sobre a falta de integração entre mercado e doutores foi a sobra de bolsas do programa “Doutor na Empresa”, destinado a doutores para o desenvolvimento de atividades relacionadas à execução de projetos de pesquisa em CT&I em micro ou pequenas empresas sediadas no Rio Grande do Sul.

A última edição da pesquisa de Inovação (Pintec) do IBGE, referente ao período 2009-2011 apontou que o investimento em P&D em relação ao PIB está estagnado no Brasil.

De acordo com os dados da Pintec, os gastos em atividades internas de P&D alcançaram R$ 24,24 bilhões em 2011. Parece uma cifra alta, mas é pouco em relação ao volume total do PIB, quesito no qual a evolução é pequena.

Apesar de ter crescido em relação aos números do ano 2000, quando a cifra era de 0,37%, a participação está quase no mesmo patamar desde 2005, quando chegou a 0,54%, aumentando um pouco para 0,58% em 2008 e 0,59% em 2011.

A título de comparação, nos Estados Unidos a participação do P&D no PIB fica em 1,83% e na Zona do Euro em 1,34%.

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