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Cerca de 1,4 mil golpistas foram presos após o episódio que depredou a Praça dos Três Poderes, em Brasília (Foto: Agência Brasil)
O PIX está facilitando a investigação da Polícia Federal sobre o financiamento à Brasília dos manifestantes que invadiram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal na semana ada.
Segundo revela a Reuters, o fato do PIX ser istrado pelo Banco Central do Brasil facilita muito o processo de identificar a origem do dinheiro.
Assim, apesar das transações feitas pelo sistema terem a mesma proteção legal de uma transferência bancária normal, a PF só tem um interlocutor, no lugar de precisar falar com uma série de bancos diferentes.
Como muitos golpistas usaram seus números de telefone como chaves do PIX, ficou mais fácil para os investigadores buscar escutas telefônicas e solicitar judicialmente registros de conversas em aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram.
Se o palheiro é um só e algumas agulhas ficaram maiores, a PF enfrenta pelo menos uma dificuldade com o PIX.
Em dezembro do ano ado, o PIX bateu recorde de transações diárias, atingindo 104,1 milhões de operações.
O grande volume de transações realizadas por meio da ferramenta é cada vez mais popular no Brasil, o processo pode ser mais demorado do que se espera, segundo afirmam especialistas.
No dia da invasão, Alexandre Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e relator do caso, rapidamente anunciou em seu Twitter que os “financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos” seriam responsabilizados pela lei.
Neste último domingo, 15, o Valor Investe reportou que Moraes autorizou a deflagração da maior operação contra os financiadores do ocorrido, com mais de 100 mandados de busca e apreensão, incluindo pedidos de prisão, quebra de sigilo bancário e bloqueio de contas de empresários envolvidos.
A ação abrange o Distrito Federal, Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Agora, a expectativa é que os financiadores “patriotas” identificados sejam acusados de crimes como terrorismo e tentativa de golpe, assim como aqueles que participaram diretamente da depredação da sede dos Três Poderes.
Até o momento, sabe-se que entre os financiadores do episódio estão fazendeiros e magnatas do ramo dos caminhões, localizados em importantes redutos bolsonaristas no interior do país, apesar de ainda não ser possível conectar nenhuma figura relevante aos crimes.