Maurício Prado. Foto: Divulgação
O Pátria Investimentos acaba de contratar Maurício Prado, ex-vice-presidente para América Latina da Pegasystems, para ser o CEO da nova empresa que o fundo está criando na área de segurança.
Ou, para usar a linguagem do pessoal de fundos de investimentos, o Pátria contratou Prado para assumir “a liderança da sua tese de investimentos no setor de cibersegurança.”
A “tese de investimento” do Pátria deu os primeiros os no ano ado, com a compra da chilena Neosecure e da cearense Proteus. As duas empresas faturam hoje juntas R$ 500 milhões, tem 680 funcionários e atendem 600 clientes entre bancos, indústrias e governos.
A Neosecure é mais forte na correção de fragilidades, ao o que a Proteus se especializou nos chamados testes de intrusão, simulando um ataque em busca de vulnerabilidades nas companhias.
Prado é uma escolha chamativa: o executivo não tem experiência no nicho de cibersegurança.
Por outro lado, Prado é um profissional de primeira linha, tendo sido country manager da SalesForce no Brasil, vice-presidente da divisão de Aplicativos na Oracle, diretor geral de duas divisões da Microsoft e diretor de Consultoria na SAP.
Em 2000, Prado participou da abertura de uma operação dos Estados Unidos da Procwork, então uma das maiores parceiras da SAP no Brasil, no que para a época era um movimento bastante fora do comum.
Provavelmente, o Pátria apostou num perfil com mais background na área de negócios para liderar a incorporação de novas aquisições futuras e um aumento de visibilidade significativo num futuro próximo.
Na época das compras, o Valor Econômico revelou que o plano do Pátria era levar a empresa para a bolsa, com uma oferta de ações a partir do segundo semestre de 2022, além de chegar a um faturamento de R$ 1 bilhão com novas incorporações.
Maurício Renner 1r206e
Editor at Baguete Diário