
Relação entre chefes e subordinados nem sempre é fácil.
Uma pesquisa da Page Personnel, multinacional de recrutamento especializado em profissionais de e à gestão, constatou que os subordinados não gostam dos seus chefes.
É uma verdade tão antiga quanto andar para frente, mas a empresa traz um alto grau de detalhamento sobre os porquês da insatisfação dos 2,4 mil profissionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Para 54,8% dos liderados, seus superiores não atendem às expectativas pela falta de clareza quanto às metas e objetivos da companhia.
Outros 52,3% de subordinados afirmam que seus líderes não instruem ou treinam o time adequadamente.
O líder não conhecer detalhadamente as funções de cada integrante da equipe desaponta 43,8% dos liderados.
Talvez de maneira surpreendente tendo em vista toda a conversa em torno do tema inovação, apenas 39,5% dos subordinados estão insatisfeitos com gestores que não delegam ou apoiam inovações.
O líder não saber ou conseguir transmitir conhecimento à equipe incomoda 28,8% dos liderados. E há ainda 23,8% de subordinados afirmando que seus valores não convergem com o do seu gestor.
Participaram do levantamento advogados, assistentes, analistas, coordenadores, supervisores, gerentes, diretores e presidentes de diversos setores.
“O resultado mostra que há uma dissonância na relação entre gestores e subordinados. Quanto mais diálogo houver nessa relação, maior é chance de aumentar o sincronismo na equipe”, explica Roberto Picino, diretor-executivo da Page Personnel no Brasil.
De novo de maneira pouco surpreendente, a pesquisa descobriu que os subordinados se sentem preparados para assumir o trabalho da chefia: 82,8% afirmaram estar capacitados para a tarefa.
Os demais 17,2% disseram que não estavam qualificados para tal desafio, apontando como motivos a falta de capacitação específica (67%).
O CHEFE IDEAL
A pesquisa da Page Personnel procurou saber dos subordinados qual seria o perfil ideal de um gestor.
Para 62,2%, um líder deve ser motivador. A integridade de um comandante, que transmite honestidade e transparência, é qualidade essencial para 50,7% dos liderados.
O gestor que sabe delegar, dar autonomia e cobrar resultados é apreciado por 49,9% dos comandados.
Há 44,7% de subordinados que valorizam um líder com visão estratégica. Ser participativo é uma característica importante para 32,5% dos profissionais. A organização de um gestor é irada por 24,9% dos liderados. Ter um líder carismático é o ideal para 23,4% dos subordinados.