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Uma questão que para as pequenas e médias empresas é sentida na pele foi reafirmada pelo Banco Mundial (Bird): fazer negócios no Brasil está cada vez mais difícil.
O levantamento anual divulgado nesta terça-feira, 23, mostra a facilidade de se fazer negócios em 185 países. O Brasil aparece na 130ª posição no ranking, informa matéria da Veja.
Em relação aos anos anteriores, o país piorou no seu desempenho. Em 2011, ocupou o 126º lugar e no ano anterior ficou em 120º. Piores que o Brasil estão países pequenos, como Serra Leoa, Libéria, Gabão e Suriname.
Conforme o relatório, começar um negócio no Brasil demora 119 dias. Nos indicadores isolados, como facilidade para uma pequena empresa conseguir crédito, está no 104º lugar; em impostos, em 156º; e na facilidade para registros de propriedades, em 109º.
As cinco primeiras posições do ranking geral ficaram com Cingapura (pelo sétimo ano consecutivo na liderança), Hong Kong, Nova Zelândia, Estados Unidos e Dinamarca. Na América Latina, o país mais bem colocado é o Chile (37º lugar).
No período de análise do Banco Mundial – junho de 2011 a maio de 2012 – o país fez apenas uma reforma. O documento cita que o Brasil facilitou a execução de contratos através da implementação de um sistema eletrônico para a apresentação de queixas na Vara Cível da Comarca de São Paulo.
Ao mesmo tempo, a transferência de propriedade se tornou mais difícil com a introdução de um novo certificado comprovando débitos de trabalho e o aumento do número de procedimentos de due diligence (análise de números).
A PESQUISA
O estudo chamado “Doing Business 2013: regulamentos mais inteligentes para pequenas e médias empresas” está em sua décima edição. Ele é realizado anualmente pelo Banco Mundial e pela IFC (International Finance Corporation).
O objetivo é avaliar fatores como facilidade em abrir (e fechar) uma empresa e até em conseguir energia elétrica para a nova companhia e fazer comércio exterior.
A classificação é baseada em dez indicadores e cobre 185 economias. Fatores macroeconômicos e outros pontos, como nível de solidez do sistema financeiro, não são levados em conta para a elaboração do ranking.