
Harry Shum lidera o novo AI and Research Group da Microsoft. Foto: Divulgação.
A Microsoft vai reforçar sua área de inteligência artifical com a criação do Grupo de IA e Pesquisa.
A unidade combina o já existente Microsoft Research com as áreas de produtos do Bing e da Cortana, juntamente com as equipes de computação ambiente (universo em que tudo é informatizado, conectado e responsivo à presença humana), de robótica e de plataforma de informações (que abrange a publicidade do Bing e interfaces de uso natural).
O novo grupo de pesquisa terá cerca de 5 mil engenheiros e cientistas da computação. A unidade será liderada por Harry Shum, que atuava como vice-presidente executivo de tecnologia e pesquisa e está há 20 anos na companhia.
As mudanças transformam a área de IA em um quarto grupo de engenharia, junto com Windows, Office e Azure.
Recentemente, a Microsoft vem trabalhando em serviços considerados mais inteligentes. Para consumidores, foram lançados Skype Translator, Cortana e o chatbot Tay.
Já a suíte Cortana Intelligence para empresas e desenvolvedores fornece a opção de adicionar aprendizagem de máquina, reconhecimento de imagem e outras capacidades em várias aplicações.
O Uber é um dos clientes da ferramenta e usa o serviço de reconhecimento facial da Microsoft para verificar se os motoristas estão usando suas próprias contas a partir de selfies no início de cada sessão.
Para o ARS Technica, a atuação da empresa demonstra uma abordagem em quatro frentes para oferecer IA: recursos inteligentes em agentes (Cortana), aplicativos (Skype Translator), serviços (APIs de reconhecimento facial e de tradução automática) e infra-estrutura (Azure).
A Microsoft não está sozinha na aposta em inteligência artificial. Ao contrário, essa parece ser a grande tendência nos últimos anúncios de grandes companhias, que apresentam nesse cenário personagens como Watson (IBM), Einstein (Salesforce), Alexa (Amazon) e Siri (Apple).
A Salesforce, fornecedora de CRM, entrou na onda de IA com o anúncio do Einstein há cerca de duas semanas. O sistema amplia a plataforma da fabricante com conceitos de machine learning, deep learning, análise preditiva, processamento de linguagem natural e descoberta de dados inteligente.
Horas depois do anúncio da Salesforce, a Oracle traçou uma estratégia para combinar dados de terceiros, dados corporativos e análises comportamentais com suas aplicações, que cobrem a maioria das funções de negócios. O Zdnet reforça que todos os fornecedores de nuvem estão falando em analytics, aprendizado de máquina e insights, com SAP e Workday seguindo esse caminho.
Já a IBM, com o Watson, tem trabalhado em sistemas focados em áreas específicas a partir da ferramenta de computação cognitiva. A empresa conta com as divisões Watson Health e Watson Financial Services.