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Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira. Foto: divulgação.
O Instituto Caldeira, hub de inovação localizado em Porto Alegre, vai reabrir na próxima segunda-feira, 10, depois de mais de trinta dias sofrendo os impactos das enchentes históricas do Rio Grande do Sul.
Por enquanto, apenas o segundo e o terceiro andares serão liberados, com o através da recepção da Rua Frederico Mentz, 1606 (que fica na lateral do prédio). O funcionamento será das 8h30 às 18h, com luz, internet e água.
Para atender às empresas residentes do térreo, que foram diretamente afetadas, o hub terá 300 novas posições de trabalho temporárias, além do acolhimento nos escritórios de empresas localizados nos demais andares.
A estrutura de estacionamentos será gratuita no DC Shopping, vizinho à estrutura. Além disso, foi montado um refeitório único no terceiro andar com alimentação oferecida por parceiros de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 14h.
“Enquanto isso, seguimos trabalhando incansavelmente para a reconstrução do nosso primeiro andar e para a retomada completa das nossas atividades. Também seguimos com toda força em busca de doações para os jovens do Geração Caldeira”, postou no LinkedIn Pedro Valério, diretor executivo do Instituto.
As doações podem ser feitas através do [email protected] ou no site do projeto.
Fechado desde o dia 6 de maio, o Instituto Caldeira fica a poucos metros do Rio Jacuí, um dos que mais subiram de nível no Rio Grande do Sul no último mês, chegando a mais de cinco metros.
Na data, uma comporta localizada a menos de 1 quilômetro do Instituto foi rompida pela força das águas, inundando rapidamente toda a região, inclusive o Aeroporto Salgado Filho. Fotos publicadas por Valério mostram o tamanho do estrago no hub.
Sem possibilidade de o à estrutura, a organização fechou uma parceria com o Tecnopuc, parque científico e tecnológico da PUCRS, para oferecer espaços de trabalho às empresas residentes.
Até o momento, todas as programações e eventos do Instituto haviam sido canceladas, com exceção do Geração Caldeira, iniciativa educacional gratuita com foco em inclusão com processo seletivo até 19 de julho.
“Foram 25 dias embaixo d´água. Desde a última quarta-feira, iniciamos a fase de limpeza e recuperação das nossas estruturas físicas, com um mutirão de faxina histórico. Nosso compromisso sempre foi a retomada no menor tempo possível”, relata Valério.
De acordo com o diretor, a limpeza foi realizada com o trabalho do time de operações, com a mobilização da comunidade e parceiros.
O Instituto Caldeira foi inaugurado em 2021, em um projeto liderado pela nata empresarial gaúcha, representada por nomes como Jorge Gerdau Johannpeter, famílias Renner, Ling, Goldstein e Herrmann.
Atualmente, abriga mais de 130 companhias residentes e startups, além de instituições do poder público e universidades, a maior parte no andar térreo.
A lista de residentes conta com empresas tradicionais, como Renner, Sicredi, Panvel, Vulcabras Azaleia, Banrisul, RBS e Randon, e da nova economia, como Agi, 4all, Nelogica, Banco Topázio, SafeWeb, Zenvia, Meta e StartSe.
No total, o hub conta hoje com 22 mil m², que se dividem em 20 salas de reunião, quatro locais para eventos on-line e presenciais, mais de 120 postos para coworking, além da arquibancada principal e de setores de lazer. Pelo menos 1,5 mil pessoas circulam diariamente pelo local.
O espaço também sedia programas de desenvolvimento de startups, eventos e o Campus Caldeira, dedicado a operações de ensino superior e profissionalizante.
Em março deste ano, o Instituto anunciou a duplicação da sua área total, ampliando a capacidade de 22 mil para 55 mil metros quadrados, com um aporte de R$ 120 milhões.
Só em 2023, o hub faturou R$ 25 milhões e reinveste toda sua receita na operação.