.png?w=730)
Fachada do Instituto Caldeira dá dimensao do estrago. Fotos: divulgação.
O Instituto Caldeira, hub de inovação localizado em Porto Alegre, vai manter a edição deste ano da Geração Caldeira, iniciativa educacional gratuita com foco em inclusão, mesmo diante da inundação que atingiu o espaço durante a crise climática que assolou o Rio Grande do Sul.
O programa é destinado a jovens de todo o Brasil, que tenham entre 16 e 24 anos de idade, e que estejam cursando ou tenham cursado o ensino médio na rede pública ou particular com bolsa acima de 50%.
Na fase inicial do processo seletivo, os inscritos terão o à plataforma do curso, e deverão concluir as trilhas de aprendizado, que incluem marketing e design, programação Python e Java e gestão e vendas, on-line até 19 de julho.
Os alunos que concluírem esta etapa farão uma prova técnica, também virtual, e aqueles que obtiverem uma boa média e um bom desempenho geral participarão do bootcamp do programa, uma fase híbrida composta por desafios e capacitações.
A partir do bootcamp, 400 alunos serão selecionados para uma entrevista individual presencial no Instituto Caldeira.
De agosto a dezembro, serão selecionados 200 finalistas que farão parte da etapa presencial, realizada no próprio Caldeira.
Nesse momento, os candidatos receberão uma bolsa de R$ 3 mil e serão encaminhados para vagas de trabalho.
"No momento que o estado do Rio Grande do Sul vive, um programa como o Geração Caldeira se torna ainda mais importante, para trazer esperança e oportunidades concretas de transformação à vida desses jovens. Recebemos inscrições de todos os estados brasileiros. O Caldeira, que tem se dedicado 100% às questões emergenciais relativas à enchente nas últimas semanas, faz questão de manter o programa e honrar os mais de sete mil jovens que estão inscritos”, diz Felipe Amaral, diretor do Campus Caldeira.
CRISE
Diante das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira, publicou no LinkedIn uma série de fotos que mostram o impacto das águas no local.
O espaço fica a poucos metros do Rio Jacuí, um dos que mais subiram de nível no Rio Grande do Sul nos últimos dias, chegando a mais de cinco metros, e está inundado desde o dia 6 de maio.
No início do mês, uma comporta localizada a menos de 1 quilômetro do Instituto foi rompida pela força das águas, inundando rapidamente toda a região, inclusive o Aeroporto Salgado Filho.
Sem possibilidade de o à estrutura, o Caldeira fechou uma parceria com o Tecnopuc, parque científico e tecnológico da PUCRS, para oferecer espaços de trabalho às empresas residentes. Além disso, todas as programações e eventos do Instituto haviam sido canceladas por tempo indeterminado.