
Fachada do Instituto Caldeira dá dimensao do estrago. Fotos: divulgação.
Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira, publicou no LinkedIn uma série de fotos que mostram o impacto das enchentes no principal hub de inovação de Porto Alegre.
O local fica a poucos metros do Rio Jacuí, um dos que mais subiram de nível no Rio Grande do Sul nos últimos dias, chegando a mais de cinco metros, e está inundado desde o dia 6 de maio.
No início do mês, uma comporta localizada a menos de 1 quilômetro do Instituto foi rompida pela força das águas, inundando rapidamente toda a região, inclusive o Aeroporto Salgado Filho.
“No início de maio, nosso prédio foi invadido por uma enchente só comparada à de 1941. Normalmente ocupado por ideias, visões e interações, nosso hub foi duramente impactado pelas águas do Guaíba”, destacou Valério.
Sem possibilidade de o à estrutura, o Caldeira fechou uma parceria com o Tecnopuc, parque científico e tecnológico da PUCRS, para oferecer espaços de trabalho às empresas residentes. Além disso, todas as programações e eventos do Instituto foram canceladas por tempo indeterminado.
Agora, o diretor conta que o time está trabalhando em todas frentes necessárias para recondução da normalidade do espaço, incluindo drenagem, limpeza, segurança e reconstrução.
“Oficialmente como o primeiro hub global que nasceu em uma pandemia e vai sobreviver a uma enchente”, escreveu Valério.
O Instituto Caldeira foi inaugurado em 2021, em um projeto liderado pela nata empresarial gaúcha, representada por nomes como Jorge Gerdau Johannpeter, famílias Renner, Ling, Goldstein e Herrmann.
Atualmente, abriga mais de 130 companhias residentes e startups, além de instituições do poder público e universidades, a maior parte no andar térreo.
A lista de residentes conta com empresas tradicionais, como Renner, Sicredi, Panvel, Vulcabras Azaleia, Banrisul, RBS e Randon, e da nova economia, como Agi, 4all, Nelogica, Banco Topázio, SafeWeb, Zenvia, Meta e StartSe.
No total, o hub conta hoje com 22 mil m², que se dividem em 20 salas de reunião, quatro locais para eventos on-line e presenciais, mais de 120 postos para coworking, além da arquibancada principal e de setores de lazer. Pelo menos 1,5 mil pessoas circulam diariamente pelo local.
O espaço também sedia programas de desenvolvimento de startups, eventos e o Campus Caldeira, dedicado a operações de ensino superior e profissionalizante.
Em março deste ano, o Instituto anunciou a duplicação da sua área total, ampliando a capacidade de 22 mil para 55 mil metros quadrados, com um aporte de R$ 120 milhões.
Só em 2023, o hub faturou R$ 25 milhões e reinveste toda sua receita na operação.
Confira abaixo algumas das fotos publicadas.