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Maxwell Rodrigues, VP da HTS Brasil. Foto: divulgação.
A HTS Brasil, empresa do Ergos Group e braço da israelense HTS, projeta faturar R$ 55 milhões no país este ano, mais que o dobro dos R$ 26 milhões obtidos em 2012.
Para tanto, a especialista em tecnologia para reconhecimento de dados aposta em contratos como o recentemente fechado com o Super Terminais, de Manaus, para implantação do sistema OCR (Optical Character Recognition).
O contrato, de valor não revelado, envolve tecnologia de automação portuária que atua no reconhecimento de placas dos caminhões e contêineres que chegam aos terminais, agilizandoo processo de issão de cargas e veículos.
“Isso evita problemas de logística e as imensas filas provocadas pelo excesso de caminhões”, afirma Marcello Di Gregorio, superintendente do Super Terminais.
Os equipamentos com tecnologia OCR estão sendo importados de Israel.
O Super Terminais é um terminal privativo de uso misto, regulamentado pela Marinha do Brasil, Receita Federal, Antaq, SPU e outros órgãos anuentes.
A estrutura conta com píer flutuante de 360 metros de comprimento, terminal de contêineres vazios e em 2010 alcançou a marca de maior variação da movimentação de contêineres entre os portos brasileiros, com percentual de 146,5%, segundo a Antaq.
O porto não divulga números de faturamento, mas está em um grupo de empresas portuárias e aduaneiras que inclui Porto Chibatão, Aurora Eadi, Porto de Manaus e Super Terminais, e tem previsão grupal de investimento de R$ 134 milhões até o fim deste ano, com vistas a atender à demanda da Copa do Mundo.
O Super Terminais tem capacidade estática atual de 8 mil TEUs (o equivalente a cerca de 4 mil contêineres de 40 pés) e, segundo a direção do porto, a perspectiva é aumentar essa capacidade para 10 mil TEUs em 2013.
Fornecedora da tecnologia OCR para o terminal amazonense, a HTS conta com mais de 1 mil sistemas OCR instalados em 40 países, incluindo portos de cidades como Seattle, Antwerp, Lisboa, Buenos Aires, Rotterdam e Algeciras, porto espanhol considerado o mais automatizado do mundo.
No Brasil, a HTS tem 17 clientes, incluindo o terminal portuário da empresa Tecondi, no porto de Santos, e Grupo Libra.
“Na Tecondi somos responsáveis pela automatização de 22 portões. São 20 pórticos de reconhecimento de caminhões e dois para trens monitorados em tempo real sem intervenção humana”, explica Maxwell Rodrigues, vice-presidente da HTS Brasil. “Para o Grupo Libra, o OCR será implantado em todos os portões de o de carga e carretas nas unidades nos portos de Santos e Rio de Janeiro”, completa.
CANAIS
Para crescer no país, a subsidiária também aposta em canais, com o lançamento, em maio ado, de um programa que visa a conquistar 25 revendas este ano.
Os canais irão trabalhar não só com soluções para o mercado portuário, mas também para automação logística, de controle e segurança de carga, entre outras.
“Temos um mercado em franca expansão nos diferentes mercados com os quais pretendemos atuar”, explica Rodrigues.
REFORÇO
O investimento no Brasil também a pelo incremento de peso no time local.
Há pouco a HTS contratou para a diretoria de Operações Paulo Vaz, executivo que tem mais de 20 anos de experiência como gestor de TI em empresas como Microsoft, Unisys, Pepsico e, mais recentemente, Terminal Tecondi.
“A HTS Brasil está em uma nova fase, conquistando novos mercados e ampliando suas operações em todo o país. Acreditamos que o know how de Vaz agregue força aos trabalhos”, finaliza Alex Mendes, presidente do Ergos Group.