
Flávia Villani. Foto: Divulgação
GS1 e Unilever são a própria expressão unha e carne, traduzida em parceria setorial-corporativa: de um lado, a entidade da área de automação desenvolvendo e disseminando tecnologias de padronização de identificação, e, de outro, a empresa, que deste leque de soluções usa o famoso código de barras, além de EDI, GLN e está em pleno piloto de um projeto baseado em GDS.
A sopa de letrinhas é fácil de entender, quando colocada na prática.
O código de barras, todo mundo conhece, e na Unilever identifica, na prateleira do supermercado, cada um dos produtos de suas 13 marcas, que têm média de consumo de 200 itens por segundo no Brasil, seu segundo maior mercado, atrás dos EUA.
O GLN é o Global Location Number, utilizado na identificação dos pedidos de clientes junto à Unilever.
Clientes como, por exemplo, a rede gaúcha Zaffari.
"Pelo GLN, quando chega um pedido, se sabe exatamente de que cliente é", explicou Flávia Villani, diretora de Customer Services da empresa, que palestrou durante o evento Brasil em Código, realizado nesta quinta-feira, 14, pela GS1, em São Paulo.
Outra tecnologia utilizada pela companhia é o EDI - Electronic Data Interchange, ou troca eletrônica de dados.
A solução é usada na transmissão automática de dados entre os computadores de diferentes integrantes da cadeia de suprimentos - fabricante, distribuidor, varejista.
Conforme Flávia, o EDI traz ganhos como, por exemplo, a padronização de dados com base nas necessidades da comunicação comercial, financeira e logística específica de cada cadeia.
Traduzindo: melhor entendimento, menos erros, mais produtividade, economia e mais receita.
Tudo comprovado em números que a gestora divulga, não da Unilever, mas de uma pesquisa realizada pela IBM sobre a aplicação de todas as soluções da GS1.
"O estudo indicou uma média de 41% de redução dos cutos de distribuição e 32% de diminuição de ruptura", exemplifica Flávia.
Por fim, a Unilever aposta em outra sigla: o GDS, ou Global Data Syncronization.
A tecnologia automatiza a sincronização de dados de itens entre varejo e fornecedores, que propicia, segundo a gestora, benefícios como redução do custo de gerenciamento e de erros nos cadastros, além de redução de estoque e gerenciamento de produtos descontinuados.
Outro ganho é o menor time to market, ou seja, novos produtos mais rapidamente introduzidos no mercado.
No momento, a solução está em projeto piloto entre a Unilever e um cliente que Flávia define apenas como "um grande varejista com sede em São Paulo".
Mas o início do uso efetivo é iminente.
"A tecnologia já está pronta e testada", garante a diretora.
A Unilever emprega 13,5 mil funcionários no Brasil. Com 12 fábricas, a companhia é a detentora de marcas que vão de produtos alimentícios à higiene pessoal e limpeza, como Maizena, Dove, Omo e Seda.