
Cadeira de country manager na HCL está vazia. Foto: flickr.com/photos/jspad.
A cadeira de country manager da HCL no Brasil está vazia e pode permanecer assim.
Duas semanas depois do anúncio da contratação de Ideval Munhoz pela T-Systems, a multinacional indiana não fez nenhum comentário sobre o assunto.
Fontes de mercado ouvidas pelo Baguete afirmaram que a HCL está diminuindo o tamanho da sua operação no Brasil, o que inclui a eliminação do cargo de country manager.
A reportagem do Baguete entrou em contato com representantes da HCL no Brasil e na Índia ao longo da semana ada questionando se o cargo de country manager no país estava vago, ocupado por um interino ou extinto, mas não obteve nenhuma resposta até o fechamento desta matéria.
Munhoz esteve à frente da HCL no Brasil pelos últimos três anos, vindo da também indiana Satyam Computer Services, onde era gerente para a América Latina.
No período, a empresa cresceu no país, incluindo a inauguração em 2009 de um centro de desenvolvimento no Tecnosinos, em São Leopoldo e o fechamento de contratos em tecnologia Oracle com clientes como Lojas Renner e Ricardo Eletro.
Em entrevista ao site americano Nearshore Americas, o vice presidente de Mercados Emergentes da HCL, Sandeep Kalra, garantiu no começo de 2011 que 85% do faturamento da empresa no país era obtido por contratos fechados no Brasil em oposição a 15% de desenvolvimento para o exterior.
Na época, Kalra afirmou que a HCL já teria 280 empregados no Brasil, na sede em São Paulo, em um centro de desenvolvimento em São Leopoldo e em filiais como Curitiba.
Em uma visita à cidade gaúcha em julho de 2011, o vice-presidente da HCL Shami Khorana, anunciou planos de dobrar o número de funcionários no local, chegando a 300 até 2012.
São números que chamam a atenção dentro do mercado gaúcho, mas pouca coisa comparada ao tamanho global da companhia, que teve vendas de US$ 3,5 bilhões em 2011, alta de 31% frente aos resultados do ano anterior e emprega 77 mil pessoas.
Será que a HCL mudou os planos para o Brasil?