
Saque do FGTS, imagem meramente ilustrativa. Foto: Pixabay.
O saque do FGTS, uma medida que vem sendo estudada pelo governo para aquecer a economia, deve ficar limitado a R$ 500 em 2019.
A cifra vem como um balde de água fria para quem vinha fazendo planos para usar o seu FGTS. Até agora, os valores especulados eram de 35% do total disponível na conta para contas com saldo de até R$ 5 mil, de uma vez só.
Agora, além do limite de R$ 500 em 2019, a barreira de 35% deve ser imposta também para valores menores.
Conforme informa Folha de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reuniu fora da agenda pública na semana ada com representantes de empresas da construção civil.
O saque do FGTS é uma má notícia para as construtoras, uma vez que o fundo é usado muitas vezes para pagar financiamento de imóveis.
A boa notícia para quem tem a intenção de usar o dinheiro do seu FGTS como achar melhor, o que pode incluir comprar uma casa de uma construtora ou não, é que o governo estuda uma regra permanente de saques, ainda que submetido a uma alíquota máxima.
O governo ou a estudar as liberações no FGTS como forma de estimular a demanda por consumo em meio à queda nas estimativas oficiais de crescimento, que já foram reduzidas por 20 semanas consecutivas, ando de 2,5% no começo do ano para 0,81% recentemente.
Em 2016, o governo Temer já usou o recurso de liberar valores do FGTS como uma estratégia para aquecer a economia. Na época, a medida valeu só para contas inativas.
Cada vez que um trabalhador inicia em um emprego com carteira assinada, uma nova conta é criada e vinculada ao seu FGTS. Portanto, uma única pessoa pode ter várias contas e cada uma corresponde a uma empresa na qual houve vínculo empregatício.
Uma conta ativa é vinculada ao trabalho atual e as inativas aos empregos anteriores. O dinheiro do FGTS só pode ser sacado em caso de demissão e para algumas finalidades específicas, como pagamento da casa própria.
O fundo é composto pelos depósitos realizados pelo empregador. O valor é proporcional a 8% do salário mensal e a rentabilidade é de 3% ao ano somada à TR (que está zerada desde 2017). Nos últimos 20 anos, o FGTS rendeu menos que a poupança.