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São cerca de 74 milhões de consumidores no Brasil. Foto: flickr.com/photos/outsanityphotos.
As secretarias de Inovação e de Desenvolvimento de Produção, do Ministério do Desenvolvimento, planejam uma estratégia para construir uma política pública para as redes inteligentes de energia elétrica, o smart grid.
A ideia é financiar a troca de equipamentos via BNDES com juros íveis e, em troca, as empresas não podem alterar as tarifas de eletricidade, conforme matéria do Convergência Digital.
De acordo com cálculos do governo, serão necessários US$ 32 bilhões, ou seja, R$ 70 bilhões, para proporcionar a substituição de todos os equipamentos, que vão desde os switches aos medidores de energia residenciais, comerciais e industriais em todo o território brasileiro.
A operação envolve 63 concessionárias de distribuição de energia.
“Existe um grande mercado de equipamentos. Se não agirmos de forma integrada, podemos gerar ainda mais problemas para a balança do setor eletroeletrônico. Com o BNDES, damos o incentivo e amarramos os créditos à compra de equipamentos nacionais”, argumenta o secretario de inovação Nelson Fujimoto.
O plano ainda não foi combinado com a Fazenda.
Obviamente as companhias de energia iriam querer compensar o investimento aumentando as tarifas para os consumidores finais. Porém, nesse caso, os benefícios seriam a redução de juros e do furto de energia com o smart grid, que chega a ser 30%.
Atualmente, o Brasil tem aproximadamente 74 milhões de consumidores de energia elétrica, com cerca de 115 gigawatts de capacidade instalados e utilização per capita de 2.201 kilowatt/hora por ano, demanda que vai aumentar 43% até 2020.
O smart grid muda a estrutura tradicional de fornecimento de energia elétrica, na qual o consumidor é um agente ivo, para um sistema em que infraestrutura, TI, Telecom e automação andam juntas para fazer dele um ativo, que interage com tecnologias de controle de seu consumo e alimenta a inteligência das concessionárias com dados.