A Gol atribuiu os atrasos e cancelamentos de voos ocorridos nos últimos dias a problemas no software para planejamento de escala da tripulação Crew Link, da Lufthansa Systems.
De acordo com informações readas pela companhia a Anac, o problema no sistema aconteceu em julho, durante um upgrade no programa.
"Por essa razão, foi adotada novamente a configuração de escala do mês anterior", disse a agência, em nota. Segundo a Gol, o sistema era usado há três meses.
A aquisição do Crew Link, no entanto, foi divulgada pela Lufthansa Systems em julho de 2008.
O software faia parte de um pacote de aplicativos de gestão de tripulação, escalas e controle de processos incluído em um contrato de seis anos entre as empresas. A divulgação da empresa alemã previa o roll out para o primeiro trimestre do ano ado.
“Nosso investimento nessa tecnologia permitirá a Gol aumentar a eficiência nos processos e incrementar continuamente nossos serviços”, comenta na nota da Lufthansa Systems o então vice presidente de TI da companhia aérea Wilson Maciel Ramos, que saiu da empresa no final de 2009.
Em um primeiro comunicado emitido na segunda-feira, 02, quando os atrasos chegaram a 70% dos vôos programados, a Gol disse que os problemas erram resultado da transferência de alguns voos de Congonhas para Guarulhos devido ao tráfego aéreo extra da volta às aulas.
A medida teria acarretado a impossibilidade de alguns tripulantes de seguirem trabalhando, devido a legislação sobre horas de voo pemitidas.
Procon: multas podem chegar a R$ 3 milhões
A Fundação Procon de São Paulo notificou a Gol na terça-feira, 03, para que apresente até a sexta-feira, 06, explicações para a onda de atrasos e cancelamentos de voos que prejudica ageiros desde o fim de semana.
A Fundação Procon de São Paulo notificou a Gol na terça-feira, 03, para que apresente até a sexta-feira, 06, explicações para a onda de atrasos e cancelamentos de voos que prejudica ageiros desde o fim de semana.
O órgão quer saber as causas do problema, o número de pessoas afetadas e as providências adotadas pela companhia. Com base nessas informações serão definidas eventuais punições à empresa, que podem chegar à multa de até R$ 3 milhões, de acordo com informações da Zero Hora.
Na segunda-feira, 02, agentes do Procon-SP estiveram no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, para verificar o tratamento dado aos ageiros. Segundo o averiguado pela fundação, a companhia não prestou assistência adequada.
Na segunda-feira, 02, agentes do Procon-SP estiveram no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, para verificar o tratamento dado aos ageiros. Segundo o averiguado pela fundação, a companhia não prestou assistência adequada.