
Os funcionários da Gol prometem paralisar as atividades na sexta-feira, 13, segundo informa o site do Sindicato Nacional dos Aeroviários - pessoas que trabalham nos aeroportos ou prestam, em terra, serviço para o setor aeroviário.
A paralisação seria devida aos baixos salários, excesso de jornada e casos de assédio moral e, de acordo com a presidente do sindicato, Selma Balbino, esse é o último recurso em defesa dos direitos trabalhistas dos aeroviários.
"Além dos baixos salários e da falta de um plano de saúde, o excesso de jornada é uma das principais queixas da categoria. O setor está em amplo crescimento. A Gol é uma das empresas que mais cresce e as condições de seus funcionários continuam ruins", justifica.
Já o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas - que representa comissários, pilotos, copilotos e mecânicos de voo - Gelson Dagmar Fochesato, disse que entidade ainda não foi informada da suspensão das atividades, de acordo com informações da Zero Hora.
O presidente ainda defendeu as reivindicações da categoria e responsabilizou a falta de uma política nacional para o setor aéreo pelos recentes problemas de atrasos, cancelamentos e insatisfação dos funcionários.
"As empresas foram crescendo de forma desorganizada e desproporcional, ultraando os limites de jornada de trabalho e pondo em risco a segurança dos voos. A Gol sentou com o sindicato em julho para reorganizar essa jornada e é a única que está respeitando a legislação", enfatizou Fochesato.
A legislação trabalhista determina que comissários, pilotos e copilotos tenham no máximo 85 horas mensais de voo.
"Algumas tripulações voam atualmente cerca de noventa horas por mês ou mais, e entre uma jornada e outra eles não estão descansando o suficiente. Isto é perigo para eles e para os ageiros", revelou o presidente.