
Alunos da UFSC terão apoio de um fundo de investimento. Foto: Henrique de Almeida.
Ex-alunos da UFSC, hoje à frente de grandes empresas, estão construindo um fundo visando financiar bolsas de estudos, projetos de pesquisa e startups na Escola de Engenharia da universidade federal catarinense.
Segundo revela o site Brazil Journal, o Fundo Catarina está na fase final de captação e pretende começar a operar no início de 2021. Até agora, foram levantados R$ 2 milhões, com a meta de chegar a R$ 20 milhões nos próximos anos.
Quem está correndo atrás dos investidores é Raphael Weber Zimmermann, ex-analista do Somma, uma das maiores gestoras de fundos do Sul do país e atualmente estudante do curso de Economia da UFSC.
Segundo revela o Brazil Journal, Zimmermann já falou com Luis Stuhlberger, do Verde; o chairman da WEG, Décio da Silva, bem como sócios do EQI, o escritório de agentes autônomos adquirido recentemente pelo BTG.
O Catarina é o que se chama no jargão de investidores de “endowment”, um instrumento jurídico através dos quais ex-alunos podem contribuir com a universidade na qual se formaram.
Mudanças na legislação introduzidas no final do ano ado e na mentalidade do empresariado tem contribuído para a criação de endowments no Brasil, mas ainda longe das quantidades e valores de países como os Estados Unidos, onde o instrumento tem uma longa tradição.
Por lá, o valor total desse tipo de fundo chega a US$ 630 bilhões. O maior deles, o de Harvard, foi fundado em 1974 e tem mais de US$ 40 bilhões sob gestão.
Na Faculdade de Economia e istração da USP, um grupo de ex-alunos colocou de pé o Sempre FEA, um endowment com R$ 4 milhões em patrimônio que nasceu há seis meses, com 60 doações.
Os doadores incluem nomes como Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura; Pérsio Arida, ex-sócio do BTG; e Eduardo Vassimon, ex-CFO do Itaú e hoje chairman da Votorantim.
Além do Catarina e do Sempre FEA, o Brazil Journal lista ainda outros sete endowments.
O maior deles, o Amigos da Poli, a faculdade politécnica da USP, foi fundado em 2009 e tem pouco mais de R$ 33 milhões sob gestão. Outras iniciativas já existem na Unicamp, UFG, PUC-Rio e Unesp.