CONTAS

Web Summit custa R$ 30 milhões 704j6i

Porto Alegre e Rio de Janeiro disputam o evento. Quem vai pagar a conta não está claro. 63611i

30 de novembro de 2020 - 15:25
Um evento à procura de alguém que pague a conta. Foto: https://www.flickr.com/photos/websummit/

Um evento à procura de alguém que pague a conta. Foto: https://www.flickr.com/photos/websummit/

O Web Summit, mega evento de tecnologia atualmente sendo disputado por Porto Alegre e Rio de Janeiro, custa R$ 30 milhões por ano, com uma previsão de quatro edições.

O valor é só pela franquia e não inclui a infraestrutura de uma área de 22 mil metros quadrados, provavelmente com conectividade de ponta e outros apetrechos típicos de um evento de alto padrão.

As informações são da Zero Hora, o maior jornal do Rio Grande do Sul,  que falou sobre o assunto com o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Cláudio Gastal,  líder de uma força-tarefa focada no assunto criada pelo governo gaúcho.

De acordo com Gastal, o governo do Rio Grande do Sul está disposto a colocar dinheiro para trazer o evento, mas visando que “o custo do estado seja o menor possível”. 

A ideia é bancar o Web Summit com uma “união entre universidades, empresas e poder público”, afirma Gastal, destacando que diversas empresas manifestaram interesse até agora.

O dinheiro do governo gaúcho poderia vir de um fundo de inovação bancado com dinheiro oriundo das privatizações planejadas para os próximos meses.

Um possível local para realizar o evento é o Gigantinho, ginásio de esportes do estádio Beira-Rio, atualmente em reformas com intenção de se tornar um centro de eventos.

A conta de Gastal é a que se costuma fazer nessas ocasiões, no sentido de que o investimento público seria recuperado na geração de negócios e também hotelaria, alimentação, cultura e lazer. 

“Estamos em uma corrida de obstáculos. O primeiro foi entrar na lista de cidades. Depois, não dessa lista, porque Porto Alegre foi a única candidata que eles não puderam visitar presencialmente, por causa da pandemia. A ideia era que eles fossem ver um Gre-Nal, para mostrar o fluxo de logística. Conseguimos chegar à final. Agora, resta o obstáculo de financiar o evento”, resume Gastal.

Em Lisboa, onde é realizado nos últimos anos, o Web Summit é uma atração mundial, visitada por 70 mil pessoas na última edição.

O Web Summit nasceu em Dublin e se transferiu para Lisboa em 2016.

Lá, quem banca a conta é o governo de Portugal e a prefeitura de Lisboa, que fecharam em 2018 um acordo no valor de € 110 milhões para os próximos 10 anos.

No caso de Lisboa, uma análise da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), aponta que os participantes gastaram € 64,4 milhões durante os quatro dias do evento em 2019.

O tema Web Summit no Brasil veio à tona na semana ada, quando o CEO do evento, Paddy Cosgrave, divulgou na sua conta do Twitter a disputa entre Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Pelo menos em termos de resposta ao tweet, Porto Alegre saiu na frente. Disparado.

O governador Eduardo Leite (PSDB) escreveu dois tuítes sobre o tema, explicando em um deles que o Rio Grande do Sul “pode não parecer o candidato óbvio, mas é o próximo lugar a estar”.

O prefeito eleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), já disse à ZH que vai procurar o governador Eduardo Leite para reforçar a atração do evento que, segundo ele, "pode mudar a história de Porto Alegre, como fez com Lisboa".

De acordo com uma nota do governo gaúcho, o tema é tratado desde o início do ano, juntamente com a prefeitura da capital e diversos parceiros, como o parque tecnológico Tecnopuc, uma das referências do país, e 4all, startup do criador da Getnet, José Renato Hopf.

Do lado carioca, aparentemente nenhuma reação até agora. 

A falta de reação provavelmente tem que ver com a crise política no Rio de Janeiro, cujo governador, Wilson Witzel, enfrenta um pedido de impeachment e foi afastado do mandato por determinação do Superior Tribunal de Justiça ainda em agosto, por suspeitas de irregularidades na saúde.

O Rio Grande do Sul está dando um banho de mobilização, mas, como reconhece o governador gaúcho, Porto Alegre é a escolha “menos óbvia” para um evento do porte do Web Summit, que atraiu 70 mil visitantes de todo o mundo para Lisboa na última edição, em novembro de 2019.

Apesar do caos istrativo, o Rio de Janeiro é um dos principais destinos turísticos do Brasil, com um nome reconhecido internacionalmente, conexões aéreas internacionais diretas e uma grande rede hoteleira. 

Por outro lado, se o Rio Grande do Sul fica atrás nesses quesitos, o estado tem uma cena tecnológica forte, com grandes multinacionais de tecnologia como SAP, HPE e Dell, pelo menos uma dezena de empresas locais de tecnologia de porte médio e parques tecnológicos que são referências nacionais, como o Tecnopuc, em Porto Alegre, ou o Tecnosinos, em São Leopoldo, na região metropolitana da capital gaúcha.

Com uma articulação desses atores, Porto Alegre poderia oferecer um destino mais interessante para os representantes de grandes empresas e donos de startups que compõem o público do Web Summit, que em tese está mais interessado em ideias, network e insights, do que em visitas à praia.

O Web Summit foca em tecnologia emergente e já trouxe para Lisboa palestrantes nomes referências na área de tecnologia como Elon Musk, Niklas Zennström, Werner Vogels e Michael Dell junto com gente famosa e influente de todo tipo, incluindo Ronaldinho Gaúcho, Carlos Ghosn, Tony Blair, Garry Kasparov e Stephen Hawking.

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