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Wes Winder, suposto CEO de uma empresa canadense, viralizou nas redes sociais depois de ter substituído toda a sua equipe de desenvolvedores por inteligência artificial e, poucas semanas depois, publicado no LinkedIn uma vaga à procura de profissionais da área.
"Demiti toda a minha equipe de desenvolvimento. Substituí-os por O1, Lovable e Cursor. Agora entrego 100X mais rápido com um código 10X mais limpo. O OpenAI o3 está chegando e 90% dos empregos de desenvolvimento não sobreviverão", escreveu Winder no X.
Logo após voltar atrás, desta vez com um anúncio no LinkedIn, Winder tornou-se alvo de chacotas, memes e revoltou boa parte da comunidade. No Reddit, rede onde grande parte do mundo de TI se reúne, algumas postagens relacionadas ao caso chegaram a ter 10 mil curtidas e centenas de comentários.
O caso levantou questões e intensificou o debate sobre se a IA de fato substituirá o trabalho humano, principalmente na indústria da tecnologia.
Já existem ferramentas de IA que atuam no desenvolvimento de softwares, criando e resolvendo problemas de códigos simples de forma rápida, muitas delas baseadas no GPT-4, da OpenAI.
Contudo, especialistas concordam que construir sistemas complexos, coerentes e resolver problemas de alta complexidade ainda dependerá da interação e intuição humanas.
Gigantes da tecnologia, como Amazon e Nvidia investem pesado em IA, mas enxergam a tecnologia como uma ferramenta para complementar o trabalho humano.
Embora algumas tarefas possam, de fato, ser substituídas, essas empresas acreditam que isso abre espaço para o aperfeiçoamento de profissionais cujas funções foram ocupadas pela inteligência artificial.
A ação impulsiva de Winder pode servir como alerta sobre os riscos de adotar IA de forma abrupta e sem planejamento. Criatividade, habilidade para resolver problemas e decisões estratégicas dependem fortemente do feeling humano para que projetos tenham sucesso.
Winder parece ter demonstrado algum arrependimento, afirmando em postagens que aprendeu lições importantes com o episódio.
O curioso é que a história toda pode ser fake, pois o nome da sua suposta empresa não aparece em lugar nenhum, nem mesmo no seu perfil no LinkedIn, no qual o profissional aparece como desenvolvedor de software freelancer.