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A Meta, empresa de tecnologia e dona das redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, pretende lançar “conteúdos sintéticos” criados por IA.
Na prática, o que a Meta se propõe é usar a sua inteligência artificial para escrever os posts para os donos dos perfis em redes sociais, com base no que o usuário e seus amigos consomem e veem na internet e redes sociais
A Meta ainda informa que o usuário terá a opção de deslizar para ver mais opções de postagens ou interagir com o conteúdo gerado pela IA, produzindo novas versões.
O usuário também poderá optar por não receber o conteúdo “imaginado para você”, segundo relatou um representante da empresa ao site Axios.
Para a Meta, esse recurso é interessante porque a empresa detectou que vários de seus usuários já utilizam IA generativa para criar conteúdos.
O que a Meta pretende fazer, segundo seus representantes, é agir de forma proativa e entregar esses conteúdos automaticamente.
Em resumo, o algoritmo a a ser seu "amigo" e apresenta aquilo que você provavelmente irá “gostar”, algo que antes ficava a cargo das postagens compartilhadas por amigos.
Atualmente, os recursos criados pelo uso da IA generativa já são amplamente utilizados em vários setores da sociedade, principalmente para criação de conteúdos.
Músicos, agências de publicidade e marketing, empresas, entre outros, aram a adotar ferramentas de IA para a entrega de produtos, materiais e conteúdos na internet.
Um estudo realizado pela Amazon mostra que 57% do conteúdo disponível atualmente na internet é gerado por IA.
Isso preocupa até os desenvolvedores da ferramenta, pois a IA depende do que os humanos inserem como informações. Com esse aumento, a IA se alimenta da cópia da cópia.
O uso desenfreado dessa tecnologia também começa a levantar preocupações, como ameaças à privacidade e segurança, violação de direitos autorais, parcialidade e discriminações nos resultados, entre outros riscos.
Governos ao redor do mundo estão correndo para criar e estruturar leis com o objetivo de gerenciar essa tecnologia e mitigar suas desvantagens.
Ainda não há um estudo embasado que mostre se o grande público aprova ou não a qualidade dos conteúdos sintéticos criados por IA, mas, ao que tudo indica, parte do que será consumido nas redes sociais não terá a chancela de um humano.