Dario Almeida. Foto: Divulgação
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável por gerenciar a comercialização de energia elétrica no Brasil, investiu R$ 50 milhões em novas plataformas tecnológicas para sustentar o crescimento de suas atividades, que aumentaram 25 vezes em 13 anos.
“A nossa dependência da TI é muito grande, por isso investimos no upgrade técnico. Queremos aqui uma TI de negócios”, diz Dario Soares de Almeida, gerente de arquitetura de sistema da CCEE.
Na prática, a entidade está fazendo uma troca de plataformas.
O carro-chefe é o novo Sistema de Contabilização e Liquidação (SCL), constituído por soluções da HP e Oracle. Pelo SCL arão as informações referentes a contratos firmados pelos agentes.
Almeida não sabe precisar quantos contratos são. “Mas, apenas os pontos de medição são sete mil, todos enviando informações de consumo e gasto”, observa.
“E não é só receber as informações. Aqui elas são cruzadas para identificar problemas de consumo adicional ou inferior ao contratado, por exemplo”, explica Almeida.
Segundo o executivo, as informações, readas em lote, e antes processadas ao longo de dois dias, serão analisadas cinco vezes mais rápido com o SCL.
Depois, os resultados devem ser disponibilizados aos agentes para consulta online.
“Com a estrutura anterior isso era muito difícil e demorado”, complementa Almeida.
As mudanças continuam. Da IBM, a empresa adquiriu o BPM 7.5, após uma tentativas fracassadas com soluções nacionais. O novo manager será ativado em maio.
O site da empresa, antes no sistema Vignette, adotou uma plataforma Oracle. Também da Oracle veio a plataforma de BI e o sistema Single Sign-On, para gerenciamento de identidade de usuários.
A implementação do novo site também deve ser concluída em maio.
No caso do SCL, o prazo é maior, podendo se estender até o final do ano. Graças a esse projeto, a equipe de TI da CCEE praticamente dobrou.
Os 107 colaboradores da área, contam hoje com um reforço de 213 profissionais de consultorias. Somente o SCL ocupa 230 pessoas. No ano ado, eram 75 profissionais na TI da CCEE.
A área de TI recebe cerca de 80% do investimento da entidade sem fins lucrativos.
“Estamos criando áreas de tecnologia de mercado, não apenas TI. Queremos usar toda essa estrutura para manter nossos serviços em alta junto aos agentes”, finaliza Almeida.
Criada em 1999, com 70 agentes, a entidade conta hoje com 1.800 agentes – entre shoppings, empresas de porte médio e grande, distribuidoras e geradoras.
Juntos, os agentes respondem por 27% da energia elétrica no Brasil.