
Por essa ninguém esperava! Foto: Pixabay.
Não só a Copa do Mundo tem trazido resultados surpreendentes: a Broadcom, gigante de chips, comprou a CA, referente no mercado de gestão de infraestrutura de tecnologia, por US$ 18,9 bilhões.
O surpreendente, nesse caso, é o quão pouco o negócio da Broadcom parece ter em comum com o da CA.
Em nota, a Broadcom disse que a compra era parte da sua estratégia de criar uma “companhia líder em infraestrutura de tecnologia”, uma boa descrição da CA, uma empresa fundada ainda nos anos 70 para fornecer software para mainframes.
Desde então, a CA diversificou bastante sua oferta por meio de mais de 200 aquisições, entrando nos mercados de segurança, gerenciamento de identidades, monitoramento de performance de aplicações, automatização de desenvolvimento de software.
O negócio de mainframe ainda é responsável por mais da metade da receita da CA, que nos últimos anos tem girado em torno de US$ 4 bilhões, os mesmos níveis de 1997.
Com o crescimento da computação em nuvem, a CA andava em um momento algo crítico. com a perspectiva de declínio gradual do tipo de ambientes de tecnologia que a companhia se propõe atender.
Em junho do ano ado, chegou a ser especulado um fechamento de capital da companhia e uma fusão com a BMC, uma das suas principais concorrentes.
A BMC estava na mesma e teve o capital fechado por fundos ainda em 2013.
Para a CA, então, a compra pela Broadcom parece ter sido um bom negócio. Agora é ver o que a Broadcom fará com a CA.
A Broadcom atua num mercado totalmente diferente, investindo pesado em produzir chips e competindo com gigantes como a Qualcomm (que aliás, ela tentou recentemente comprar, numa iniciativa bloqueada pelo governo americano porque a Broadcom era então baseada em Cingapura).
A empresa também está no mercado faz tempo (foi fundada em 1961 como uma divisão da HP) e é uma empresa bem maior, com faturamento de US$ 17,6 bilhões no último ano fiscal.