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Guilherme Araújo.
A IBM reorganizou suas unidades de negócio no Brasil, em linha com uma mudança mundial para colocar maior ênfase nas tecnologias mais promissoras do portfólio, os chamados “imperativos estratégicos”.
Com isso, a empresa criou uma unidade de negócios Soluções Brasil, comandada por Marcelo Braga, que assume a posição de vice-presidente de Soluções da IBM Brasil.
Braga foi responsável pela área de software e está na IBM há 19 anos. Sua missão agora é promover as vendas de soluções de computação cognitiva, segurança, analytics, mobilidade e social.
Dentro dessa unidade de negócios, a área de computação cognitiva (o badalado Watson), será liderada por Guilherme Araújo, ex-líder de segurança no Brasil.
Araújo já havia trabalhado na área de infraestrutura da IBM, de onde saiu em 2009 para montar uma startup de serviços cloud para depois ir para a BMC, onde ou por diversos cargos antes de regressar para a Big Blue em 2016.
A área de segurança ficará com João Paulo Lara Rocha, outro executivo de carreira da IBM, com quase duas décadas de casa e antes responsável pelas ofertas de gerenciamento de identidade e o na América Latina.
O novo time tem um desafio de impulsionar a venda dessas linhas de produtos, que são vistas como o futuro da IBM e assim destacadas pela alta gestão da companhia.
Na divulgação dos seus resultados de 2016, quando fechou o seu 19º trimestre consecutivo de queda nos resultados, a IBM frisou o desempenho dos “imperativos estratégicos”, que totalizaram US$ 33 bilhões, 41% do total da receita e subiram 13% na comparação anual.
Algumas áreas dentro dos imperativos estratégicos se saíram melhor que outras, como a vendas de serviços de computação em nuvem, com uma alta de 33% no último trimestre.
Outras se saíram menos bem com destaque pela linha de negócios de soluções cognitivas, que tem entre suas estrelas o Watson: ela cresceu só 1,4% no último trimestre, chegando a US$ 5,3 bilhões.
A IBM já havia divulgado a meta de chegar a US$ 40 bilhões de receita e 40% do faturamento com as novas linhas de negócio até 2018.
Percentualmente, a IBM já chegou lá, e se mantiver um crescimento na faixa dos 10% o valor total será atingido em 2018, dentro do esperado.
No entanto, analistas frisam que o balanço da IBM não é dividido entre imperativos e não imperativos, o que faz um pouco mais complicado analisar os números.