Tamanho da fonte: -A+A f3m3k

Estudantes nas federais custam R$ 41 mil por ano. Foto: Prefeitura Itapevi.
O Brasil deveria acabar com a gratuidade do ensino superior, como uma forma de cortar custos que não prejudique a população pobre do país.
Pelo menos, é o que aponta o Banco Mundial em um relatório com conselhos para melhorar o gasto público no país divulgado nesta terça-feira, 21.
A ideia é que o governo continue subsidiando os estudantes que estão entre os 40% mais pobres do país e comece a cobrar depois os de renda superior depois de formados, engajando eles em mecanismos de crédito estudantil como o Fies.
Além da cobrança de mensalidades, o estudo sugere que os gastos por aluno tenham como limite o valor gasto pelas instituições mais eficientes.
Essa proposta se baseia no fato que 65% dos estudantes das instituições de ensino superior federais estão na faixa dos 40% mais ricos da população.
Depois de formados, esses estudantes tem um aumento na sua renda, pelo que para o Banco Mundial o financiamento pelo contribuinte dessas formações é um mecanismo que “pode estar perpetuando a desigualdade no país.”
O Brasil tem aproximadamente 2 milhões de estudantes nas universidades e institutos federais, ao o que nas universidades privadas são 8 milhões de estudantes.
Porém, o custo médio de um aluno numa faculdade privada é de R$ 14 mil por ano, contra R$ 41 mil nas federais e R$ 74 mil nos institutos federais.
Esse gasto, diz o estudo, é “muito superior” ao de países como a Espanha e a Itália, por exemplo.
Os gastos do governo com ensino superior são equivalentes a 0,7% do PIB e crescem, em termos reais, 7% ao ano, acima da média mundial.
Uma reforma poderia economizar aproximadamente R$ 13 bilhões ao ano nas universidades e institutos federais. No nível estadual, a economia poderia ser de R$ 3 bilhões.