(1).jpg?w=730)
Paulo Cunha e Cleber Morais, diretores da AWS no Brasil. Foto: divulgação.
A Amazon Web Services (AWS) abriu pela primeira vez nesta quinta-feira, 3, durante o AWS Summit, o valor dos seus investimentos no Brasil: foram mais de US$ 3,8 bilhões (cerca de R$ 19,2 bilhões) desde a chegada da companhia ao país, em 2011.
O montante inclui despesas operacionais e de capital associadas à construção, manutenção e operação dos data centers da empresa.
Esse número faz parte do Estudo de Impacto Econômico (EIS) da AWS para o Brasil, que estima uma contribuição de US$ 4,8 bilhões (cerca de R$ 24,1 bilhões) para o produto interno bruto (PIB) do país no período.
O impacto calculado inclui o valor agregado pela multinacional ao setor de Tecnologia da Informação, bem como os efeitos diretos, indiretos e induzidos das compras da AWS na cadeia de suprimentos local de data center.
Segundo o relatório, o efeito cascata do investimento já apoiou uma média anual de mais de 10 mil empregos equivalentes a tempo integral (FTE) em empresas locais relacionadas às operações de data center da companhia.
Os cargos englobam construção, manutenção de instalações, engenharia, telecomunicações e outros empregos em áreas que fazem parte da cadeia de suprimentos do setor de data center.
"O valor total investido, que inclui R$ 1 bilhão anunciado com o governo de São Paulo para a expansão da infraestrutura da AWS em 2020, reflete nossa dedicação em nutrir o ecossistema de tecnologia local", destaca Cleber Morais, diretor geral para o setor corporativo da AWS no Brasil.
A AWS decidiu recentemente começar a abrir uma previsão de investimentos quando cada nova região for anunciada. É o caso da operação de Israel, por exemplo, que foi lançada na última segunda-feira, 31, com planos de U$S 7,21 bilhões em investimentos até 2037.
Como a região brasileira foi uma das primeiras no mundo, as cifras de investimento dela ainda não tinham sido divulgadas. A empresa decidiu, então, achar uma forma de contar a história do que já havia sido executado ao longo dos 11 anos de operação.
Segundo a companhia, a diferença entre os números do Brasil e de Israel é grande porque a computação em nuvem está numa escala completamente diferente da década ada.
A região da AWS América do Sul, oitava lançada pela empresa no mundo, fica localizada em São Paulo. Sua infraestrutura consiste em uma área geográfica física onde os data centers são agrupados.
No mercado há 16 anos, a AWS tem mais de 200 serviços a partir de 102 zonas de disponibilidade em 32 regiões geográficas, com planos anunciados para mais 12 zonas de disponibilidade e mais quatro regiões da AWS no Canadá, Malásia, Nova Zelândia e Tailândia.
A companhia tem milhões de clientes, desde startups a grandes empresas e agências governamentais.
No Brasil, a lista conta com nomes como Anima Educação, Arezzo&Co, iFood, Itaú, Grupo Boticário, Localiza, Mercado Livre, Nubank, Petrobras, hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, e o Ministério da Saúde.
O AWS Summit reuniu 10 mil pessoas em São Paulo no dia 3 de agosto, com seis palcos simultâneos, 70 sessões de negócios e tecnologia e mais de 50 patrocinadores.
*Luana Rosales participou do AWS Summit, em São Paulo, a convite da AWS.