
Atlassian prepara virada estratégica. Foto: DIvulgação.
A Atlassian, uma das maiores empresas de softwares de desenvolvimento e gerenciamento de projetos, vai encerrar o e para os seus produtos on premise rodando em servidores em fevereiro de 2024.
Depois disso, eles só estarão disponíveis na versão cloud ou na versão para rodar em data centers locais, ainda que com preços mais altos a partir de fevereiro de 2021.
Também a partir de fevereiro de 2021 não serão mais vendidas as versões para rodar em servidores locais e os produtos não terão mais desenvolvimento. O preço do e das versões locais também vai subir.
Entre 2021 e 2022, será oferecido e e patches para bugs nos produtos para servidores. Depois disso, somente serão oferecidos patches para “vulnerabilidades críticas” até a data do fim do e.
“Queremos reforçar nosso foco em ser um companhia cloud first”, disse o CEO da Atlassian, Scott Farquhar, em um post anunciando as medidas. De acordo com Farquhar, 90% dos clientes hoje em dia já começam com os produtos cloud.
Por outro lado, a companhia foi fundada em 2002, e uma parte importante da base de clientes pode ser usuária das versões para servidor.
A decisão não é uma surpresa, as primeiras comunicações nesse sentido foram feitas em 2017, quando a Atlassian fechou um grande contrato com a Amazon Web Services.
A Atlassian está fazendo uma movimentação já vista antes no mundo de software, do qual um dos exemplos mais bem sucedidos é a Adobe.
Ao encerrar o produto com licenças locais, a empresa deixa alguns clientes insatisfeitos no curto prazo, mas consegue concentrar recursos na sua versão na nuvem e migrar para um modelo de receitas recorrentes por s no médio.
A Atlassian abriu o capital nos Estados Unidos no final de 2015, quando foi avaliada em US$ 8 bilhões. Na faixa dos 30 anos, os dois fundadores da empresa já estão na lista das 20 pessoas mais ricas da Austrália.
A empresa tem também um pezinho no Brasil, mais precisamente em Porto Alegre.
A e-Core, uma companhia de desenvolvimento de software, é responsável por um dos cinco centros de atendimento da marca no mundo, com foco em clientes da América Latina e parte da América do Norte.
A empresa gaúcha é o único centro não gerenciado diretamente pela multinacional.