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A Apple anunciou nesta semana a abertura e o o ao seu sistema NFC, responsável pelas transações por aproximação, a desenvolvedores de aplicativos do Brasil e de mais seis países.
Por meio de recursos de interface de programação de aplicações (APIs, na sigla em inglês), o NFC da Apple poderá ser incorporado por fornecedores externos. A tecnologia Near Field Communication possibilita a troca de dados sem interrupções entre dispositivos próximos.
Na prática, ele pode ser utilizado para pagamentos em lojas, identificação em ambientes de trabalho, chaves de casas, hotéis e carros, entre outras finalidades.
Para isso, o consumidor poderá abrir o app de seu banco, por exemplo, e o definir como padrão para pagamentos less no lugar do Apple Pay.
A funcionalidade estará disponível a partir da versão iOS 18.1, junto com o arcabouço de segurança Secure Element (SE), adotado pela empresa. O desenvolvedor que desejar ar o sistema precisará um acordo comercial e pagar taxas associadas.
Segundo a companhia, o objetivo é assegurar que somente desenvolvedores autorizados e que atendam aos requisitos regulatórios tenham o ao sistema.
Além do Brasil, o o aos recursos foi liberado nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.
Apesar dos brasileiros utilizarem mais celulares Android do que os da Apple, a empresa enxerga no país um mercado-chave, ao lado dos países de língua inglesa da Europa.
Especialistas de mercado acreditam que, apesar do Brasil já ter aderido em mais de 60% às compras por aproximação, a liberação do NFC pela Apple pode trazer um aumento considerável nas transações no mercado nacional.
“Apesar de ser difícil quantificar exatamente esse potencial – pois temos uma base estimada de 15 a 20 milhões de usuários de iPhone no Brasil –, a adoção de pagamentos por aproximação via NFC poderia crescer na casa dos dois dígitos caso essa solução fique disponível para utilização de todos os players do mercado”, projetou Nelson Leite, vice-presidente de pagamentos da RecargaPay, ao site Mobile Time.
A Apple vem sendo pressionada desde as últimas ações da Comissão da União Europeia, que imputou à empresa práticas monopolistas relacionadas ao Apple Pay no iPhone e no Apple Watch.
Para evitar ações legais, desde o dia 11 de julho, a big tech já havia definido que aplicativos de terceiros teriam o ao NFC em território europeu desde o dia 11 de julho.