
Chris Anderson. Foto: divulgação.
A 3D Robotics, empresa americana que desenvolve drones de baixo custo, recebeu um aporte de US$ 30 milhões para tocar adiante os planos comerciais da empresa nas vendas de veículos aéreos não tripulados (VANTs).
Realizado pelos fundos Foundry Group e True Ventures, o investimento é o maior da história já realizado em uma empresa fabricante de drones. Anteriormente, o maior valor era da Airware, que levou US$ 10,7 da Google Ventures. A informação é do Financial Times.
Até então uma tecnologia voltada primariamente ao setor militar, a indústria de drones está decolando no país. A 3D Robotics é presidida por Chris Anderson, ex-editor da revista Wired e autor do best-seller A Cauda Longa.
Em 2009, Anderson criou a 3D Robotis, voltada ao desenvolvimento de VANT's para fins além de defesa. Segundo o CEO, a agricultura é um dos mercados que podem se beneficiar diretamente com a tecnologia.
“Estas plataformas estão avançadas o suficiente para serem ferramentas e não experimentos. Os custos estão baixando e a performance está aumentando. É hora de botar eles (os drones) para trabalhar", afirmou.
A 3D Robotics está preparando para novembro o lançamento do Iris, um drone para consumidor final que custa menos de US$ 1 mil e requer baixo conhecimento técnico para operar.
BRASIL TAMBÉM QUER
Também de olho no mercado de VANTs, e com o interesse em incentivar o desenvolvimento de tecnologias do tipo no Brasil, um grupo de alunos do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) desenvolveu um drone aéreo com base em um aeromodelo de pequeno porte.
A iniciativa, chamada de Sistema de Monitoramento de Média Atitude (SIMA), iniciou em julho de 2012, com a participação de dois professores e cinco alunos de Engenharia Eletrônica do instituto, que criaram os sistemas e peças para o protótipo.
A primeira fase do projeto - que envolveu o desenvolvimento e confecção do drone - foi resultado de um investimento de R$ 15 mil, financiados pelo próprio instituto, com verba de um fundo interno destinado à pesquisa.
Conforme aponta o professor Leandro Schwarz, do Departamento de Eletrônica do Câmpus Florianópolis e coordenador da primeira etapa do projeto, o SIMA foi fruto da necessidade do desenvolvimento de plataformas para a pesquisa e criação de tecnologias para este tipo de veículo, algo que ainda é incipiente no país.
“Isso acontece porque a tecnologia de VANTs é utilizada apenas militarmente e o o a ela é muito por questões de segurança. Queremos nacionalizar a tecnologia, permitindo uma diminuição dos custos e um aumento da segurança", afirma.