
O primeiro pagamento online da história aconteceu em 1994. Foto: Pexels.
O Serpro, estatal federal de processamento de dados, começou um projeto piloto para incluir o débito via Banco do Brasil como meio de pagamento das tarifas, taxas e contribuições recolhidas à União.
O primeiro órgão a testar é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde a Guia de Recolhimento da União (GRU), um boleto bancário, é a única forma de pagamento.
Em nota, o Serpro afirma que o projeto, chamado PagTesouro, deve incluir também cartões de crédito, além ser ampliado para outros bancos e outros órgãos de governo, mas não informa prazos.
No estágio atual, a integração da solução com os provedores de pagamento é feita por envio de formulários, utilizando o protocolo HTTPS.
Após o recebimento dos dados, o PagTesouro valida os parâmetros e aciona o Provedor de Serviço de Pagamento, o Banco do Brasil, enviando o formulário via HTTPS.
O contribuinte é então direcionado para o internet banking, onde realiza o pagamento.
Após a conclusão da operação bancária, o provedor de pagamento retorna o formulário de retorno, também via protocolo HTTPS, redirecionando a página para uma tela do PagTesouro.
Neste momento, é acionado o formulário Sonda para recuperar a situação do pagamento e informar a conclusão da operação.
O projeto deve ser integrado ao Sistema de Gestão de Recolhimentos da União (Sisgru), que contém todos os serviços que poderão ser pagos via cartão, além de contabilizar os pagamentos no sistema Siafi.
O que o governo brasileiro está começando a testar agora já é uma realidade faz bastante tempo.
O primeiro pagamento online da história aconteceu em 1994, quando foi comprado um CD do cantor Sting no site NetMarket, com cartão de crédito. No ano seguinte, foi lançada a Amazon e, em 1998, o Paypal.
Mais burocrático por envolver a integração com o ambiente dos bancos, o uso do débito veio bem depois. A Netflix, por exemplo, foi fundada em 1997 e só incluiu a forma de pagamento em 2016.