
Provavelmente, uma das melhores empresas para trabalhar. Foto: flickr.com/photos/otubo/
Empresas melhores para trabalhar tem três vezes mais chances de oferecer aos seus funcionários a chance de trabalhar de casa.
Pelo menos é o que aponta uma análise do Great Place to Work com os vencedores da edição 2012 da pesquisa As Melhores Empresas para Trabalhar, que mostrou que 24% das empresas premiadas confirmaram a prática do home office, contra 8% das não premiadas.
De qualquer maneira, a opção não está entre os benefícios mais oferecidos pelas empresas.
Mais empresas oferecem academia dentro da empresa (27% contra 8%) ou subsídio à academia (37% das Melhores contra 21%).
Talvez porque permitir que os funcionários trabalhem de casa parcial ou totalmente ainda é uma prática controversa no Brasil, onde o trabalho é mais regulado do que em outros países.
Uma pesquisa da Ipsos/Reuters divulgada em janeiro de 2012 apotava uma média de 25% dos trabalhadores latino americanos trabalha em casa, contra uma média mundial de 20%.
Países como o México e Argentina estão entre os líderes na adoção da prática, com um índices de 30% e 29%, respectivamente. Já o Brasil aparece na lista dos “acima de 10%”.
Parte do problema é uma modificação recente na CLT equiparando o trabalho à distância ao presencial.
A lei da margem para que o funcionário que responda um e-mail fora do horário de escritório exija horas extras. Assim, muitas empresas preferem não permitir que os colaboradores trabalhem de casa para não ter que instalar sistemas de controle que evitem o trabalho fora de horários.
De qualquer forma, algumas empresas preferem correr o risco em busca de um diferencial para atrair talentos.
Na IBM, uma das premiadas pelo Great Place to Work Brasil em 2012, os funcionários que foram pais tem a opção de trabalhar três dias por semana de casa durante os primeiros quatro meses de vida dos filhos.