FEIRA

CETI quer mudanças na BITS 4x5l4c

Entidades de TI do Rio Grande do Sul fazem críticas públicas ao modelo de negócios da BITS. 6g4v17

27 de junho de 2014 - 14:15
Corredores da BITS. Foto: divulgação.

Corredores da BITS. Foto: divulgação.

O CETI, conselho de entidades de TI do Rio Grande do Sul, está trabalhando em uma lista do que considera mudanças necessárias no formato da BITS, feira de tecnologia irmã da Cebit que teve a quarta edição em Porto Alegre em maio deste ano e está prevista para acontecer novamente em agosto de 2015.

Até aí, nada de mais. O CETI participa desde 2012 do Conselho Estratégico BITS, uma das múltiplas interfaces da Hanover Fairs Sul America e da Fiergs com o setor de TI do Rio Grande do Sul, através dos quais os organizadores do evento tem tentado promover a feira localmente.

O que chama atenção é que o CETI decidiu tornar suas críticas públicas através de um comunicado divulgado à imprensa, o primeiro sobre a BITS e um dos raros movimentos nesse sentido do conselho de entidades. 

“Uma feira tem de gerar negócios, precisa de público comprador. Ou não faz sentido para as empresas fazerem investimentos para estar presentes lá”, defende Robinson Klein, presidente da Assespro-RS e do CETI.

Edgar Serrano, presidente do Seprorgs, faz críticas na mesma linha. “Ou a BITS investe apenas em ser um congresso de sucesso com a discussão de temas relevantes, ou, torna-se uma feira de negócios. Não uma feira de tecnologia puramente, mas que atraia outros setores”, resume Serrano.

As entidades de TI devem pressionar a BITS para organizar uma feira com conteúdo orientado a segmentos de mercado – indústria, varejo, agronegócio – visando usar as entidades setoriais de cada área para atrair visitantes compradores de tecnologia de empresas de menor porte.

Outro ponto da lista é a concessão de incentivos para a participação de âncoras do setor de tecnologia, capazes de atrair público, o que é mais fácil de ser dito do que feito, uma vez que as maiores empresas tem eventos próprios. 

A avaliação dos empresários é que a maioria do público atraído pela BITS na última edição [7 mil pessoas, contra 12 mil do ano anterior] foi formado por empresários de tecnologia, um perfil que não é capaz de atrair os associados da entidade para expor [a metragem da feira ficou em 4,3 mil metros, um pouco abaixo da média e com grande presença de expositores institucionais].

Ao final da última edição, a organização comemorou os “melhores números de todas as edições”, destacando uma projeção de negócios futuros fixada em US$ 31 milhões, 2,3 vezes mais do que no ano ado e a participação de 240 empresas, uma alta de 15%.

Parte da projeção de negócios é das rodadas do BITS Business Matchmaking, no qual empresas de tecnologia podem fechar parcerias entre elas. Outra fonte de negócios podem ser o Espaço CIO, do qual participaram 60 executivos de TI de empresas de todo o Brasil [três vezes mais do que na primeira edição].

Nenhuma dessas abordagens convence muito o CETI sobre o que deve ser o futuro da feira. “CIOs de grandes empresas compareceram a BITS. Isso já é uma evolução de anos ados. Mas eles compram de empresas do porte das que expam? A feira pode ser um espaço para empresas de diferentes portes”, afirma  Alfredo Heinz, presidente da Internetsul.

A movimentação pública das entidades pode ter a ver com uma percepção de que a BITS está em um momento mais complicado do que os números divulgados pela organização ao final do último evento parecem indicar.

Apesar da metragem da feira ter permanecido mais ou menos estável e o número de empresas expositoras ter aumentado o fato é que apenas 15 companhias bancaram seus próprios estandes [boa parte delas associadas da Seprorgs ou Assespro] todas em áreas de menor destaque.

A grande maioria dos expositores era formado por empresas de porte menor e estava em estandes coletivos, com participações subsidiadas por Sebrae, Rede CIN/Apex e os governos português, indiano, argentino e alemão. 

A pressão das entidades pode ter vindo no momento correto: em outubro do ano ado, a Deutsche Messe comprou os 49% de participação restantes na Hannover Fairs Sulamérica, assumindo o controle total da empresa e de eventos como a BITS e Mercopar.

Os novos controladores apontaram Valério Regente, ex-Software AG, como novo diretor da Hannover Fairs Sulamérica.

Em conversa com a reportagem do Baguete durante a última BITS, Regente reconheceu a dependência crescente da BITS de apoiadores institucionais e disse que o conceito de feiras como um todo estava em adaptação e em “busca de uma fórmula”.

Ao que parece, as entidades do setor de TI do Rio Grande do Sul estão dispostas a defender a sua visão.

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