
Eduard Weichselbaumer não é mais presidente da fabricante de chips Ceitec SA.
A saída do executivo alemão, que estava no cargo desde março de 2009 e ainda não tem substituto definido, foi marcada por desentendimentos com o Ministério de Ciência e Tecnologia, segundo relata a Zero Hora desta sexta-feira, 16.
De acordo com o relato do jornal, Weichselbaumer pediu demissão nos Estados Unidos, onde estava participando de uma feira e visitando empresas de recrutamento de executivos em San Jose, onde tem residência e permaneceu, sem retornar ao Brasil.
Em uma carta entregue ao ministro de Ciência e Tecnologia, o ex-presidente critica a burocracia do ministério e as dificuldades de implementar modificações.
“Durante os últimos 18 meses eu tenho apresentado o que é necessário para completar a fábrica - e que na minha opinião, poderia ter sido concluído há 12 meses atrás caso a istraçãodo MCT tivesse sido eficiente”, critica o alemão na carta, divulgada na ZH.
Weichselbaumer diz ainda que “nestas condições não vejo a empresa como tendo condições de atingir os objetivos necessários de forma a ter sucesso”.
Profissional com 30 anos de experiência no ramo de microeletrônica escolhido entre 14 candidatos à posição, Weichselbaumer buscou orientar o Ceitec para um futuro como uma empresa privada de capital aberto até 2012.
Em entrevista ao Baguete em agosto do ano ado, o executivo criticou os altos custos istrativos do centro de produção de chips da Lomba do Pinheiro – 20%, contra 7% da concorrência – e o ritmo lento da istração pública brasileira.
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