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GVT não está mais à venda. Foto: divulgação.
A Vivendi não quer mais vender a GVT, pelo menos por enquanto. Depois de colocar a operadora de telecomunicações no mercado, a empresa não conseguiu atrair os € 7 bilhões que queria.
Segundo destaca a Reuters, a desistência da DirecTV nas negociações de venda foi um dos motivos para o recuo do conglomerado francês, que queria o dinheiro para reduzir o rombo em sua difícil situação financeira.
O conglomerado francês tem dívidas altas e nos últimos meses o preço de suas ações atingiram a sua pior cotação em nove anos. Além da GVT, a empresa cogita vender a Activision Blizzard, uma das maiores distribuidoras de games do mundo.
Com a saída do provedor de TV por das tratativas, a Vivendi ficou apenas com clientes menores na briga, lidando com ofertas bem abaixo do que o esperado.
"Falamos desde o início que não venderemos bens à preços de banana. A GVT é um bom ativo e continuaremos a desenvolvê-la", afirmou um porta-voz da empresa.
Quando a GVT foi colocada à venda, no último trimestre do ano ado, grandes empresas mostraram interesse em levar a operadora brasileira, como a Telefônica (Vivo) e a Telecom Itália (TIM), que poderiam usar a estrutura da companhia para entrar com força no mercado de telefonia e banda larga fixa.
No entanto, dívidas e a recessão econômica na Europa impossibilitaram a participação dos grupos no leilão, o que frustrou a Vivendi.
A DirecTV, que também tem operações no Brasil, por sua vez, fez uma oferta de € 6 bilhões em dinheiro e ações, oferta que foi recusada.
Para analistas, outra opção para a GVT é de abrir capital na bolsa de valores, uma opção atraente para a diretoria da tele brasileira, mas a Vivendi não tem certeza de que esta opção pode render o dinheiro desejado.