
Frederico Blumenschein, presidente da Unitec. Foto: Divulgação.
Enquanto constrói sua fábrica de chips em Minas Gerais, a Unitec Semicondutores prepara uma nova unidade focada em serviços, a Unitec Soluções.
Segundo o Valor, a nova área tem o objetivo de conquistar espaço de forma mais rápida num mercado hoje dominado por produtos importados.
A fábrica tem previsão para operar comercialmente somente no início de 2017. Por isso, os acionistas decidiram criar a subsidiária para elaborar projetos para empresas e governos que sejam baseados nas tecnologias de semicondutores.
"Imagine um sistema municipal que precise de uma rede de conexão para rastrear a posição dos ônibus ou dos carros de polícia. Além dos chips, é preciso de uma inteligência de software de sistema", diz Frederico Blumenschein, presidente da Unitec, em entrevista ao Valor.
O executivo da subsidiária toma posse em 1º de novembro. Segundo ele, para projetos como os de prefeituras que queiram trocar lâmpadas comuns de postes por lâmpadas LED, é preciso de uma série de outros serviços associados além dos chips.
Com esses projetos, a empresa pode começar a gerar receitas aos investidores antes da fábrica de chips entrar em operação.
No início dos negócios, os serviços da Unitec Soluções poderão ser aplicados com chips de outros fabricantes. Depois, a ideia é que a subsidiária atraia negócios para a Unitec Semicondutores.
Anunciado em 2012, primeiro como Six e depois como Unitec, o projeto de construir uma fábrica de semicondutores no Brasil consumiu até agora R$ 900 milhões de total programado de R$ 1,1 bilhão, disse Blumenschein ao Valor.
O empreendimento tem como acionistas o grupo argentino Corporación América, o BNDES, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a IBM, a Matec Investimentos e a Tecnologia Infinita WS-Intecs.