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HT Micron mira o mercado mobile. Foto: divulgação.
Em 2015, a HT Micron completa seis anos de sua fundação e se prepara para o próximo o na expansão de sua operação, iniciada com a inauguração de um novo prédio no ano ado. Agora, o plano da fabricante de semicondutores é entrar no mercado de dispositivos móveis.
De acordo com a fabricante, 2014 foi o ano em que a companhia consolidou sua posição no mercado nacional de PCs. A companhia fornece seus componentes para marcas que compõem a maior parte do segmento, como Positivo, Lenovo, Acer e Dell.
"Depois que migramos para a nova sede, ampliamos consideravelmente nossa capacidade de encapsulamento, chegando na casa das dezenas de milhões", afirmou Leandro Profes, gerente de marketing estratégico da HT Micron.
Conforme explica o executivo, o plano da companhia para 2015 é elevar a produção de chips de PC para a capacidade máxima. Entretanto, Profes não deu informações sobre quantos milhoes de semicondutores esta marca representa.
Segundo dados divulgados pela fabricante, que é uma t-venture entre a coreana Hana Micron e o grupo Parit, a unidade da HT Micron em São Leopoldo pode chegar a uma capacidade máxima de 360 milhões de chips por ano.
Parte desta capacidade total será destinada à produção de semicondutores para celulares e tablets, esforço que já foi iniciado este ano. A produção começou com chips da tecnologia eMMC, de memória não volátil.
"Esta tecnologia, que possui uma complexidade baixa, foi nossa primeira experiência no segmento, e já habilitamos nosso produto junto a um fabricante nacional. Com esta primeira oferta já podemos atender 30% da produção nacional de dispositivos", avalia Profes.
Até o final do ano, a HT Micron espera habilitar e fechar os primeiros contratos para semicondutores eM, uma tecnologia mais avançada que reúne memória volátil e não volátil no mesmo circuito.
"Ao adicionarmos este produto ao nosso portfólio, poderemos atender a todo os fabricantes nacionais de smartphones e tablets. O objetivo é já começar 2016 com a produção de chips eMMC e eM em maior escala", afirmou o gerente.
Para a empresa, o potencial com os dispositivos móveis é bem maior que o mercado de PCs, que está em declínio nos últimos anos e tem menos rotatividade de vendas que smartphones, por exemplo.
A concorrência de fabricantes locais neste segmento também é baixa, segundo destaca Profes. De acordo com o gerente, somente uma outra empresa no país produz chips eM - o restante é importado.
"A partir do ano que vem, queremos ter a maior produção deste tipo de componente no mercado nacional", projeta o executivo.
Segundo dados do IDC, atualmente o Brasil conta com 60 milhões de smartphones e 10 milhões de tablets. Para a HT Micron, o potencial de crescimento destes produtos é grande. O aquecimento do mercado é demonstrado pelos investimentos de marcas como Positivo, Xiaomi e Asus, que entraram recentemente na concorrência, inclusive com produção local.
"Nosso plano para os próximos anos é dobrar a produção a cada ano. Acredito que daqui a três, quatro anos, a fabricação de semicondutores para mobile se torne a maior parte de nossos negócios", finaliza Profes.